Domingos havia dito na antevisão do jogo com o Marítimo que era preciso o Sporting «ganhar já». Mas se soubesse o que lhe estava reservado pelos insulares, muito possivelmente contentar-se-ia com mais um empate, tal como nas duas primeiras jornadas.
O Marítimo entrou destemido em Alvalade e embora tenha oferecido o controlo de jogo aos leões, nunca enjeitou a possibilidade de alvejar a baliza de Rui Patrício. Isso mesmo aconteceu ao minuto 16, com Roberge a cabecear após um canto para uma defesa extraordinária de Rui Patrício.
O Sporting respondeu por Evaldo, que aproveitou da melhor forma um erro de Peçanha, alargar uma bola fácil para a frente. O auxiliar de Pedro Proença também errou e anulou o golo aos leões.
Aos 30’ Peçanha redimiu-se do erro e evitou a vantagem leonina ao tirar uma bola em cima da linha.
No entanto, o guarda-redes brasileiro nada pôde fazer perante o remate forte e colocado de Izmailov à passagem do minuto 37. O russo apanhou a bola à entrada da área e atirou forte, junto ao poste.
Alvalade sossegava antes do intervalo, mas rapidamente entrou o sobressalto quando após o início do segundo tempo Rafael Miranda fez a igualdade, finalizando de cabeça umcanto marcado ao primeiro poste.
Não fosse este choque suficiente em Alvalade e aos 52’ Sami fez o golo da noite, num remate inesperado de fora da área e que Rui Patrício não conseguiu deter.
Cambalhota no marcador e o Sporting a correr atrás do prejuízo. Domingos esgotou as substituições e um dos recém entrados colocou de novo tudo empatado em Alvalade. Jeffrén, na marcação de um livre direto, viu a bola desviar na barreira e trair um desamparado Peçanha. O espanhol marcou e saiu logo de seguida, lesionado.
Muitos nervos até ao fim, mas o Sporting não fez o terceiro e foi o Marítimo que desferiu o golpe final nos leões, com Baba a gelar Alvalade em mais um golo na sequência de um canto. Os jogadores do Sporting ficaram pregados ao relvado.
O Sporting continua sem ganhar para o campeonato e em três jornadas tem apenas dois pontos. Podem os leões queixar-se, apesar do golo mal anulado, da falta de organização e da falta de qualidade em muitos momentos do jogo, a que se juntam alguns elementos com rendimento muito fraco. Paciência dos adeptos está a esgotar-se e o final do jogo foi pautado por assobios e uma frase forte: «Vocês são uma vergonha!»
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