O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, Jaime Marta Soares, esclareceu hoje que marcará eleições de imediato para todos os órgãos sociais, e não haverá comissão de gestão, se o presidente Bruno de Carvalho se demitir.

“Não foi, não é, e não está nas nossas intenções utilizar essa norma estatutária [da comissão de gestão]. Assim, a mesa informa todos os sportinguistas que se o senhor presidente em exercício, Bruno de Carvalho, se demitir, serão marcadas, de imediato, eleições para todos os órgãos sociais, utilizando os tempos mínimos consagrados nos estatutos”, disse Jaime Marta Soares, em declarações à agência Lusa.

O presidente da MAG leonina referiu querer “esclarecer os sportinguistas e o país”, e rejeitou, assim, a possibilidade de se vir a constituir uma comissão de gestão.

“Quanto a essa opção, plasmada nos estatutos, nunca a mesa informou quem quer que seja que iria tomar essa decisão, essa foi uma afirmação de exclusiva responsabilidade do senhor presidente Bruno de Carvalho”, frisou.

Jaime Marta Soares justificou, ainda, que as suas palavras têm “como objetivo desmontar a mensagem” passada no sábado por Bruno de Carvalho, em conferência de imprensa.

“Já que ela não corresponde minimamente à verdade, pedimos a todos os sportinguistas que só aceitem como verdadeiro aquilo que for transmitido pela nossa voz, que representa e expressa as decisões da Mesa da Assembleia Geral do Sporting clube Portugal”, acrescentou.

No sábado, numa longa conferência, Bruno de Carvalho chegou a dizer que Marta Soares iria então avançar para a tal Comissão de Gestão, que só permitiria uma candidatura dentro de seis meses.

"Neste momento, se apresentarmos a demissão, ele [Marta Soares] coloca uma comissão de gestão e só nos permite recandidatar daqui a seis meses. Como estamos a acabar uma negociação, em que a dívida do Sporting vai passar para mais de metade, essa comissão de gestão e esse dr. José Maria Ricciardi, querem depois vir dizer: estão a ver, nós somos muito melhores do que eles", apontou.

Na terça-feira, antes do primeiro treino para a final da Taça de Portugal, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 50 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos e jogadores. A GNR deteve 23 dos atacantes.

Paralelamente, a Polícia Judiciária deteve na quarta-feira quatro pessoas na sequência de denúncias de alegada corrupção em jogos de andebol, incluindo o diretor desportivo do futebol, André Geraldes, que foi libertado sob caução e impedido de exercer funções desportivas.

O cenário agravou-se com as demissões na quinta-feira da Mesa da Assembleia Geral do clube, em bloco, da maioria dos membros do Conselho Fiscal e Disciplinar também do clube, instando o presidente do Sporting a seguir o seu exemplo, mas Bruno de Carvalho anunciou que se irá manter no cargo, apesar das seis demissões no Conselho Diretivo.

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