Matheus Nunes foi o convidado desta semana do 'ADN de Leão', o podcast oficial do Sporting por onde vários leões do futebol e não só já passaram.
Em conversa com Guilherme Geirinhas, o médio de 22 anos recordou o momento mais marcante no jogo do título, frente ao Boavista, em maio, quando olhou para a tribuna e viu a sua mãe.
"O momento mais emocionante para mim não foi quando o árbitro apitou, ou quando fizemos o golo. Foi quando, depois do jogo acabar, passados 10 minutos, olhei lá para cima e vi a minha mãe. Estava ela e o meu irmão mais velho", começou por recordar.
O jogador recordou a sua infância na Favela Palmeira, no Rio de Janeiro, antes de rumar a Portugal, o que lhe permitiu não ir por caminhos mais perigosos.
"Foi indescritível, começou a passar o filme [da minha vida] todo na minha cabeça. É algo que vês acontecer nos filmes e aconteceu a mesma coisa. Começo a ver-me pequenino, as coisas que me marcaram na infância... As dificuldades que passava antes de conhecer o meu padrasto, passei muitas dificuldades, não tinha comida para comer... (...) A minha mãe hoje em dia quando falo com ela, diz-me isso, que não sabe como é que não virei um ladrão ou um traficante de droga...", disse.
Questionado sobre o 'segredo' para alcançar o sucesso, Matheus Nunes realçou que a 'receita' é uma mistura de sorte, trabalho e talento.
"É acreditar sempre no sonho, tens de acreditar que dá. Depois tens de ter as pessoas certas, na hora certa, no sitio certo. Se não tivesse conhecido o meu padrasto, não tinha vindo para Portugal. Se não tivesse vindo para Portugal, nunca teria conhecido o meu padrinho. Se nunca tivesse conhecido o meu padrinho, se calhar não tinha tido as oportunidades que tive. (...) É acreditares, é trabalhares e também tens de ter talento", notou.
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