Maxi Pereira é um dos convidados do Thinking Football Summit, que está a decorrer no Porto, e não se absteve de comentar o arranque do campeonato, com claro destaque para a mais recente polémica do VAR no empate entre FC Porto e Arouca.

"Isso dá-me um bocadinho mais de pena. Estas coisas que aconteceram no jogo do FC Porto no outro dia, de que todo o mundo está a falar, parece-me que isso não é futebol. Creio que o VAR apareceu para ajudar os árbitros e está a ser uma confusão que não é necessária. Sinto que têm de estar os melhores árbitros nos jogos das equipas grandes", atirou aos jornalistas.

Recorde aqui os casos polémicos da partida

Sobre a luta pelo primeiro lugar, o antigo lateral de FC Porto e Benfica já coloca o SC Braga nas contas: "É mais que claro que o objetivo do SC Braga é lutar pela liga. Depois, pode sentir-se que o FC Porto não fez as contratações que tinham mais nome, mas o FC Porto tem aquele treinador, aquela mística que sempre o leva a competir, como foi no ano passado com o Benfica. Compete sempre da melhor maneira e tem um treinador que mentaliza os jogadores para lutarem", analisou.

E prosseguiu: "O Benfica é mais do mesmo, ser campeão nacional dá folga para voltarem mais tranquilos, mas os adeptos vão exigir. Têm jogadores jovens de muita qualidade. E depois o Sporting, que começou um bocadinho melhor, com melhores resultados. Tem muitos jogadores jovens e, bom, parece-me uma equipa que também vai lutar com o Benfica, com o FC Porto e com o SC. Braga", acrescentou.

"Os clubes mais pequenos reforçaram-se bem e perderam o respeito pelos ‘grandes’. Há uns anos, os ‘grandes’ ganhavam por três ou quatro golos de diferença, mas isso agora é muito mais difícil de acontecer. Parece-me que está a ser uma I Liga mais competitiva e isso é bonito”, referiu ainda.

Campeão uruguaio pelo Peñarol em 2021, Maxi Pereira fez 125 jogos e três golos com a seleção ‘celeste’, ao serviço da qual arrebatou a Copa América de 2011 e esteve em três fases finais de Mundiais, numa carreira culminada em maio deste ano com o River Plate.

“Pela classe dos futebolistas que chegaram à Arábia Saudita, está a haver uma inversão muito grande naquele país, que pode ser competitivo. Não sinto que a I Liga portuguesa seja inferior à da Arábia Saudita, mas não me quero meter nesse tema, visto que não tive experiência ali. Como antigo jogador que passou por Portugal e agora enquanto adepto, sinto que a I Liga podia estar um pouco melhor e tem potencial para crescer”, completou.

Organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), a segunda edição da Thinking Football começou hoje e prolonga-se até sábado, no Pavilhão Rosa Mota, no Porto, reunindo oradores nacionais e internacionais para debates sobre a modalidade.