O Benfica foi a Alvalade vencer o Sporting, por 0-1, e é o novo líder da Liga. O golo de Mitroglou permitiu a Rui Vitória somar o seu primeiro triunfo em jogos com os rivais e os encarnados fizeram a festa.

A partida da 25ª jornada da Liga arrancou sob o signo do equilíbrio e do grande ambiente no recinto leonino. Com o estádio completamente cheio, os encarnados tentaram mostrar-se logo no arranque, estendendo o jogo até à área de Rui Patrício, mas sem acutilância. O Sporting, por sua vez, apostava em controlar a posse de bola e tentar explorar as costas da defensiva do Benfica, onde esta noite o último homem é Ederson, face à lesão de Júlio César.

Com um ritmo algo baixo no encontro, as duas equipas mostravam-se encaixadas e pouco capazes de criar ruturas no adversário. A primeira exceção surgiu aos 16’, com Slimani a fugir no flanco direito e a cruzar rasteiro, mas Lindelof surgiu primeiro a cortar e a evitar a chance de golo do líder do campeonato.

Contudo, a resposta do Benfica chegou pouco depois e com a eficácia que nenhuma equipa havia ainda demonstrado. Aos 21’, Mitroglou finalizou isolado frente a Rui Patrício, depois de um primeiro remate de Samaris que foi travado pelo próprio avançado. O grego aproveitou a bola perdida e a escorregadela de William Carvalho para voltar a marcar em Alvalade, como já havia feito no jogo da Taça de Portugal.

O Sporting tentou reagir e cresceu claramente na partida. Com mais posse de bola, clarividência e uma maior intensidade no meio-campo, os leões foram empurrando os encarnados para a sua área. Aos 40’, Jefferson protagonizou mesmo a melhor chance leonina, ao atirar de fora da área à trave da baliza de Ederson. O guardião do Benfica estava batido.

No entanto, o resultado de 0-1 não se alterou e foi com esses números no marcador que Artur Soares Dias apitou para o intervalo.

No segundo tempo, o filme não mudou muito. O argumento que já se estava a escrever após o golo do Benfica teve direito a uma sequela, com uma reação ainda mais forte do Sporting. Os leões voltaram com outra dinâmica, maior agressividade e intensidade. Essa alteração estratégica ditou um ritmo mais elevado da partida, mas também algo caótico, com mais perdas de bola e passes falhados.

O meio-campo do Benfica caia a pique nesta fase, incapaz de segurar o caudal ofensivo do Sporting. Bryan Ruiz aparecia cada vez mais no jogo, tal como Slimani, mas encontraram forte oposição de Ederson na baliza encarnada. No entanto, Jorge Jesus queria mais da equipa e lançou Téo Gutierrez para o lugar de Bruno César.

Porém, a maior ocasião de golo do Sporting só chegaria aos 72 minutos. A escassos dois metros da baliza deserta, Bryan Ruiz não conseguiu encostar para o golo num cruzamento do flanco direito e atirou por cima, deixando os quase 50 mil adeptos leoninos incrédulos. Já Rui Vitória via a sua equipa a tornar-se inexistente no ataque e mexeu no jogo, lançando primeiro Raúl Jiménez para o lugar de Mitroglou e mais tarde Fejsa e Salvio para as posições de Pizzi e Jonas, que passou ao lado do desafio e continua assim sem marcar aos rivais.

Nos últimos minutos, o Sporting tentou quase tudo, mas a falta de clarividência e os nervos tomaram conta do encontro. De tal forma que após uma falta de Renato Sanches a meio-campo, Adrien foi expulso do banco de suplentes, onde já estava após ter dado o lugar a Gelson (entretanto, também João Pereira tinha saído para ceder o lugar a Schelotto).

Os últimos minutos passaram sem grande relevância, uma vez que o Benfica procurou de forma ‘matreira’ fazer passar o tempo do relógio, para desespero dos leões. O filme não mudou, o Benfica resistiu e assim venceu o primeiro dérbi da época. A equipa de Rui Vitória quebrou finalmente o jejum e sai de Alvalade na liderança.