O treinador Moreno disse hoje saber que os adeptos do Desportivo de Chaves querem vitórias na I Liga de futebol, prometendo trabalhar para “fazer melhor” do que até agora, embora haja “aspetos positivos” aos quais quer dar continuidade.

No comando técnico dos transmontanos há, apenas, três dias, Moreno fez as primeiras declarações aos jornalistas e aproveitou o mote para garantir aos adeptos que irá ser “verdadeiro”.

“Prometer que vamos ganhar já amanhã e que vamos ter muitas vitórias, não o faço. Acredito que todos os adeptos gostam é de ouvir palavras verdadeiras e estar aqui a prometer vitórias era poder estar a enganá-los. Acredito que vamos ser uma equipa organizada, competitiva, com os atletas a querer muito ganhar o jogo, disso não tenho dúvidas”, frisou o técnico.

Para isso, Moreno acredita que a melhor forma de encarar o primeiro desafio na qualidade de técnico do Desportivo de Chaves, na receção ao Estrela da Amadora, é “não olhar para a classificação” e “esquecer um pouco do que tem sido o passado”.

Na visão do treinador, a estratégia passa por assumir a responsabilidade de perceber o lugar em que o clube se encontra e os golos que já sofreu.

Questionado sobre o porquê de ter aceitado o desafio de comandar o Desportivo de Chaves, a única equipa da I Liga ainda sem pontos somados na I Liga 2023/24, Moreno enumerou várias razões e considerou importante enaltecer “o prazer grande” que tem em ter assumido o plantel transmontano.

“Desde logo [porque] prometi a mim mesmo que, depois do desafio que tinha deixado há volta de dois meses, se tivesse de voltar ao ativo teria de sentir que as pessoas me queriam muito, pretendiam muito trabalhar com o Moreno e foi isso que eu senti desde a primeira hora”, frisou.

Ao mesmo tempo, o técnico vimaranense disse acreditar que consegue “fazer melhor do que aquilo que estava a ser feito até agora, nunca pondo em causa aquilo que estava a ser feito pelo ‘mister’ José Gomes, pelo contrário”, esclareceu Moreno, acrescentando que quer “dar continuidade” a certos aspetos positivos.

Na decisão pesou, também, o facto de “perceber o plantel que iria ter para trabalhar”, além de “conhecer alguns atletas” e de reconhecer “a dificuldade que o campeonato exige”.

A acrescentar ao leque de motivos esteve o facto de, “num passado muito recente”, ter tido “colegas” que passaram pelo emblema transmontano e que comentavam “maravilhas” sobre a cidade e o clube.

“Precisei de três dias para confirmar tudo aquilo que me diziam. Não deixam que nos falte nada, cá no clube, a simplicidade das pessoas, a forma como nos recebem na rua, a forma como nos tratam nos restaurantes, é uma coisa incrível. Todos os profissionais do futebol haviam de passar por uma experiência nesta região”, reiterou.