"É uma perda de um símbolo da Académica no âmbito dos cuidados clínicos. Estava sempre pronto a ajudar e foi sempre de enorme dedicação à instituição”, disse hoje à Agência Lusa o médico do clube Augusto Roxo.

O antigo presidente da Académica, Campos Coroa, define-o como "sempre leal e muito trabalhador", enquanto o actual presidente, José Eduardo Simões, apresentou-o como "um exemplo de amor à Académica e a Coimbra".

Nascido em 1930, Guilherme Luís já era massagista da "Briosa" desde 1950, por diligência de António Pita, chefe da Enfermaria de um dos serviços de Medicina dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Esteve ao serviço dos "estudantes" até 1978, altura em que o Académico de Viseu o recrutou por apenas dois anos, tendo regressado novamente a Coimbra.

Trabalhou ao lado do médico Francisco Soares, desde 1958, altura em que pela primeira vez um clínico se sentou nos bancos da equipa. Conheceu o presidente João Moreno e trabalhou ao lado de treinadores famosos como Cândido de Oliveira e João Alves, entre outros.

Além de enfermeiro, tirou o curso de Massagista, dando formação nessa área. Foi colaborador da selecção nacional de futebol durante algum tempo e, em Abril de 2007, foi condecorado com a Ordem de Mérito Desportivo pelo Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias.

Desligou-se da actividade regular do clube há apenas três anos, mas esteve a trabalhar no Pavilhão Jorge Anjinho até ao passado mês de Junho. "Vou andar por aqui até deixar de poder", referiu Guilherme Luís em 2007, na última homenagem pública, em Lisboa.

O funeral do Guilherme Luís deverá realizar-se sexta-feira, a hora a confirmar.