A morte de Eusébio domina hoje o noticiário desportivo na China, país que no auge da carreira do jogador português não estava sequer filiado na Federação Internacional de Futebol (FIFA).

O jornal China Daily descreveu Eusébio como «amado gigante do futebol português».

«Adeus, Para Sempre, Pantera Negra de Portugal», diz o Notícias de Pequim, um dos diários mais populares da capital chinesa, que dedicou quase uma página à morte de Eusébio.

O Diário de Xangai relata que «Portugal está de luto pela morte do lendário Eusébio», salientando que «a estrela portuguesa nasceu pobre em África, mas tornou-se um ícone do desporto internacional».

«Pantera Negra morre com 71 anos», diz o Global Times, num texto de meia página ilustrado com uma fotografia de Eusébio e de "C Luo" (Cristiano Ronaldo).

Eusébio morreu no domingo de madrugada em Lisboa, vítima de paragem cardiorrespiratória.

Ao anunciar a morte de Eusébio, no domingo ao fim da tarde (hora local), a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua descreveu o jogador como «uma figura lendária do futebol português» e salientou que o antigo avançado do Benfica e da seleção portuguesa «era considerado um dos melhores jogadores do mundo».

Eusébio «era conhecido como ‘Pantera Negra' pela sua velocidade, a sua técnica e o seu poderoso pontapé com o pé direito», disse a Xinhua.

O "Pantera Negra" ganhou a Bola de Ouro em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73).

No Mundial de 1966, em Inglaterra, que Portugal terminou em 3.º lugar, Eusébio foi considerado o melhor jogador da competição e o melhor marcador, com nove golos.

A Republica Popular da China, na altura, estava mergulhada numa "Grande Revolução Cultural Proletária" e só em 1979 se filiaria na FIFA.

Até 1992, o ano em que Partido Comunista Chinês adotou a "economia de mercado socialista", o futebol era uma modalidade amadora.