O movimento, do qual faz parte o empresário Francisco Mourão Benítez, candidato derrotado nas eleições para os órgãos sociais do clube em outubro, pretende esclarecimentos em relação à auditoria e à constituição de assistente do Benfica no processo que envolve o antigo presidente Luís Filipe Vieira.

Em janeiro, em entrevista ao canal do clube, Rui Costa, atual presidente, focou a auditoria forense nos contratos em posse do Ministério Público (MP) e disse que a análise aos três primeiros contratos não mostrou que o Benfica tivesse sido lesado, acrescentando que a auditoria foi alargada aos 55 contratos que o MP possui.

“Começámos nos primeiros três contratos que o Ministério Público levou para a investigação. Nesses três contratos, nada foi achado nem mostrou que o Benfica foi lesado”, referiu então Rui Costa, explicando que a auditoria estava a ser alargada aos 55 contratos que o Ministério Publico e a Polícia Judiciária têm na sua posse.

O antigo presidente Luís Filipe Vieira, de quem Rui Costa foi vice-presidente e a quem sucedeu, é suspeito de receber milhões em 55 transferências de futebolistas do Benfica, no período entre 2012 e 2020.

No comunicado de hoje, o ‘Servir o Benfica’ pretende ainda esclarecimentos em relação a uma eventual constituição como assistente do clube no processo Cartão vermelho, algo a que Benfica ainda não se propôs.

Em entrevista hoje ao jornal ECO, os advogados da SAD do clube assinalaram que não é intenção que isso aconteça já, num momento em que o Benfica está “a aguardar o desenvolvimento e a conclusão da auditoria em curso”.

Na mesma nota, o movimento sublinha que somente com o esclarecimento destes temas é que “poderá ser garantido o foco dos órgãos sociais (…) e dos adeptos no sucesso desportivo”, num momento institucional e desportivo de “naturais preocupações”.