Theodoro Fonseca, dono da SAD do Portimonense, responsável pela vinda do jogador para Portugal e pai de Theo Ryuki, representante do japonês, reconhece que este terá de ter paciência, apesar de dar conta da vontade do atleta em voltar a jogar pelo FC Porto.

Isto porque o internacional nipónico de 25 anos terá, aquando do retomar dos treinos, recusado treinar com a equipa, em virtude de problemas familiares decorrentes da pandemia de COVID-19. Agora, diz Theodoro Fonseca, terá de saber ser paciente.

"O Nakajima quer treinar, mas é um problema delicado. tem de passar por todos os procedimentos. Tem de fazer os testes à COVID-19 e tem de ser aceite pelo grupo e pela equipa técnica. Por mais vontade que tenha, agora vai ter de esperar. O Nakajima é um jogador fabuloso, um fora de série, mas é um profissional e tem de entender o lado do clube", frisou o empresário em declarações à SIC Notícias.

Theodoro Fonseca esclareceu o que se passou.

"Houve o problema da COVID-19. Todos os funcionários de casa dele ficaram apreensivos e voltaram para o Japão. Tanto a cozinheira como o intérprete e a professora. Ele ficou sozinho em casa. Tem uma filha recém-nascida e a esposa dele precisa de cuidados especiais. A equipa técnica e a administração da SAD nunca lhe viraram as costas, mas o clube fez o contrato com o jogador e não com a família. É preciso entender isso. Ao princípio ele recusou-se a treinar até pela esposa, mas eu percebo o lado do clube… Já se falou em dinheiro, mas não é nada disso. Está tudo em dia", explicou o dirigente do Portimonense, que explicou como a situação seria resolvida se sucedesse no clube algarvio.

"Eu acho que todo o grupo tem de ser consultado. Se acontecesse isso no Portimonense, eu primeiro perguntaria aos companheiros, à equipa técnica e administração. Não é justo todos eles terem passado pelo processo de testes, pelo treino e agora… Mas isso quem tem de administrar é o FC Porto", sublinhou Theodoro Fonseca.