Cinco golos foram o sinal mais de uma partida que podendo não ser modelo de eleição em termos futebolísticos foi intensa, prendendo os espectadores até ao ultimo minuto face à incerteza do resultado final.
Kerrouche o avançado franco-argelino que na jornada anterior assinou dois golos na vitória da Naval no reduto do Marítimo (2-1), tornou hoje a ser a figura do encontro, ao conseguir mais dois golos.
Face a esta vitória, a formação da Figueira da Foz ascende, provisoriamente, ao nono posto, abandonando os lugares abaixo da “linha de água”, enquanto os vila-condenses mantêm-se, para já, na quarta posição.
Na equipa da casa, Augusto Inácio aplicou a máxima de que “em equipa que ganha, não se mexe”, apresentando o mesmo “onze” da jornada anterior, excepção feita a Bolívia (lesionado), que deu o lugar a Kerrouche.
Carlos Brito face ao jogo anterior, com a Académica, apresentou duas alterações, chamando ao “onze” Wires e Sidney com Vítor Gomes e Chidi a sentarem-se no banco.
O registo dos primeiros 45 minutos foram as duas grandes penalidades assinaladas, uma para cada lado, com a turma da Figueira da Foz a assumir as despesas da partida, mas sempre com boa resposta do sector mais recuado dos nortenhos.
Entraram melhor os da casa, ganhando algum ascendente, fruto da pressão: uma fífia de Carlos, aos seis minutos, não foi aproveitada pelos locais, com Kerrouche a desperdiçar soberana oportunidade para marcar.
Os figueirenses foram aumentando a pressão sobre o adversário, contudo o sector defensivo do Rio Ave ia demonstrando o porquê de ser uma das defesas menos batidas da competição.
Aos 36 minutos, contra a corrente do jogo, o Rio Ave chegou à vantagem, através de um castigo máximo a punir alegada mão na bola de Zé Mário, com Wires a assumir a cobrança com êxito.
Três minutos volvidos, Daniel Cruz apareceu estatelado na área e Luís Reforço não hesitou, apontou o castigo máximo. Diego Ângelo marcou a grande penalidade e colocou novamente as equipas em situação de igualdade.
Após o intervalo, Inácio deixou Zé Mário no balneário - o “amarelo” da etapa inicial podia fazer mossa - e lançou Carlitos.
Na passagem do minuto 55, a Naval 1.º de Maio chegou à vantagem, como Marinho a cruzar para o coração da área e Kerrouche, de cabeça, a bater o guarda-redes Carlos.
Três minutos volvidos o mesmo Kerrouche, em lance a “papel químico”, quase sentenciou a partida, todavia o poste negou-lhe o golo.
Os locais não marcaram e, aos 63 minutos, uma fífia do guarda-redes Peiser permitiu a Sidney restabelecer nova igualdade na partida.
Os últimos 15 minutos foram intensos, com as duas equipas deliberadamente na procura do golo: Kerrouche uma vez mais, aos 84 minutos, assumiu o papel de “matador”, sentenciando a partida em lance contestado pelos visitantes, por alegado fora de jogo.
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