O presidente do conselho de administração da SAD do Vizela, Joaquim Ribeiro, afirmou hoje que os minhotos precisam de melhorar as infraestruturas para o futebol e de ter mais relvados sintéticos até para reduzir deslocações.
Empossado a 17 de setembro, enquanto representante do fundo da Malásia que adquiriu a maioria do capital social da SAD vizelense, o responsável disse que a equipa por si liderada, ainda em “fase de absorção de informação”, já reconheceu a necessidade de se “melhorar algumas infraestruturas de forma progressiva”, desde a “segurança”, a mudança do telhado da bancada poente e os acessos ao estádio até à instalação de novos relvados.
“Estamos a estudar a possibilidade de um relvado abaixo do estádio e a possibilidade de campos sintéticos para a formação. São essas as necessidades para evitarmos deslocações a outros estádios [para treinar]. Vamos continuar a fazer sacrifícios, mas quanto menos melhor”, adiantou, em conferência de imprensa.
Responsável pela equipa que compete na I Liga portuguesa de futebol, pela formação sub-23 e pelo plantel sub-19, a administração da SAD vizelense reconhece até que os novos campos para a formação podem ser construídos noutro local, ‘libertando’ todas as instalações junto ao estádio para a equipa principal.
“Queríamos outros terrenos para isso e libertar a equipa principal destas viagens, e ao mesmo tempo criar condições à formação para ter mais campos e gerir melhor a logística”, acrescentou.
Quanto à equipa de futebol, Joaquim Ribeiro frisou que o Vizela quer “fazer melhor” a curto prazo, “nem que seja um lugar melhor do que na época anterior” – foi 14.º em 2021/22 -, mas também crescer com os “pés no chão” para se “fortalecer” no escalão principal e evoluir de “clube pequeno para médio”.
“Queremos fortalecer a ‘marca’ Vizela, fortalecer o Vizela na I Divisão, para ser um clube respeitado. Queremos passar o Vizela de clube pequeno a médio. O Vizela é um clube grande, para mim enorme, porque é o que represento, mas somos muito mais pequenos do que os ‘grandes’. Vamos tentar encurtar essa distância”, prometeu.
Um eventual apuramento para as competições europeias enquadra-se nos “sonhos” que o administrador da SAD preconiza para o Vizela, até por causa do exemplo do Gil Vicente, que esteve no Campeonato de Portugal em 2018/19 e se apurou para a Liga Conferência Europa desta época.
“Não são coisas impossíveis, mas o clube cresceu muitíssimo rápido e tem muitos departamentos deficitários. Temos algumas limitações”, avisou, revelando que a sociedade por si liderada instituiu um novo departamento, o de ‘scouting’, liderado por Manuel Sousa.
Joaquim Ribeiro revelou ainda que o treinador Álvaro Pacheco continua a ser “peça fundamental” no Vizela, pela “mística muito própria” que transmitiu ao clube, tendo-o ajudado a subir do Campeonato de Portugal, em 2019/20, até à elite do futebol luso, em 2021/22.
Elogioso para com o anterior conselho de administração, presidido por Diogo Godinho, que alcançou “grandes sucessos desportivos de maneira muito ponderada”, o novo responsável máximo da SAD vizelense prometeu ainda que o fundo da Malásia vai “reinvestir” os eventuais dividendos das operações da SAD.
“Queremos aproximar-nos da Câmara, do clube e das gentes de Vizela. Temos de perceber o que queremos. O nosso fundo quer investir no clube. Quando tiver dividendos, vai querer reinvestir. Não está aqui para ganhar dinheiro. Não há risco de obter benefícios num prazo imediato, porque não é esse o interesse. O objetivo é desenvolver o Vizela”, disse.
Joaquim Ribeiro preside a uma SAD que conta ainda com Pedro Rodrigues como vice-presidente e com Valter Vieira como diretor desportivo.
O conselho de administração representa um fundo da Malásia que substituiu, como acionista maioritário, a SECA, uma empresa de Hong Kong que adquirira 80% do capital social do Vizela em 05 de novembro de 2016, por 800 mil euros.
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