No discurso da tomada de posse, realizada no auditório do Teatro Jordão, em Guimarães, o novo líder vitoriano disse que a votação de 62,5% que lhe valeu a eleição no sábado é “gratificante”, mas também uma “enorme responsabilidade” para fazer do clube minhoto algo “maior na comunidade vimaranense, no país e no mundo”.
“Quando me candidatei pela primeira vez [em 2019], estava certo do que queria fazer. Agora também estou. (…) Quero deixar o clube melhor do que encontrei. É uma máxima na minha vida pessoal e profissional”, proferiu na sessão que contou com o presidente cessante do Vitória, Miguel Pinto Lisboa, com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, e com a diretora executiva de competições da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Helena Pires.
Finda a sessão, o dirigente de 45 anos esclareceu que o “desafio” para o mandato que se estende até 2025 é o de “engrandecer um emblema” que o “orgulha”, tornando-o “mais forte e unido”, com “os sócios mais satisfeitos”.
Após saudar os concorrentes que derrotou no sufrágio, Miguel Pinto Lisboa (18,7% dos votos) e Alex Costa (17,5%), bem como o coordenador do processo eleitoral, Pedro Xavier, o novo presidente do Vitória defendeu que é preciso “liderar” e “acompanhar” todas as equipas que competem de ‘preto e branco’, e não só a formação que milita na I Liga portuguesa de futebol, atual sexta classificada.
“É a pensar no futuro que iremos trabalhar com paixão. Iremos dar apoio aos atletas e às equipas técnicas que nos representam”, disse, assinalando que é “preciso alterar muita coisa” no funcionamento do clube de Guimarães.
No primeiro discurso da noite, Miguel Pinto Lisboa prometeu ser “o primeiro a dar espaço e tempo aos órgãos sociais para conseguirem o sucesso desportivo e institucional”.
“Serei cooperativo e também atento. Mais do que recato público, adotarei uma postura de responsabilidade, esperando que o trabalho produza frutos”, disse, perante o auditório de 400 lugares no equipamento cultural requalificado e inaugurado a 12 de fevereiro após 28 anos encerrado.
Derrotado nas eleições de sábado por um candidato que superara em 2019, o presidente cessante mostrou-se convencido de que o “trajeto” do Vitória rumo ao sucesso é “possível e concretizável” se o clube se libertar das “fações” que “minam a sua credibilidade”, com “discursos que apontam constantemente para as suas dificuldades” e que o “diminuem perante os rivais”.
“Acredito que os órgãos sociais partilhem da nossa proclamação num Vitória uno e indivisível, sem fações, livre dos tradicionais grupos de influência que minam a sua credibilidade e em nada contribuem para a afirmação do Vitória no espaço nacional e europeu”, concluiu.
Os novos órgãos sociais do Vitória de Guimarães contam com António Miguel Cardoso na presidência da direção, com Nuno Soares Leite, Armando Guimarães, Pedro Meireles e Diogo Leite Ribeiro a vice-presidentes, com Belmiro Pinto dos Santos na presidência da mesa da assembleia-geral, Ricardo Lobo à frente do conselho fiscal e João Henrique Faria na liderança do conselho de jurisdição.
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