Luís Duque, presidente da Sporting SAD na altura da contratação de João Vieira Pinto, em 2000, disse esta terça-feira que não lhe compete responsabilizar o ex-futebolista por alegada fraude fiscal, pela qual estão a ser julgados.
«Em nenhum momento responsabilizei o ex-futebolista João Vieira Pinto por alegada fraude fiscal. Nem me compete fazê-lo», afirmou Luís Duque, ouvido na segunda-feira pelo coletivo de juízes da 6.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa, num caso em que também estão a ser julgados o empresário José Veiga e Rui Meireles, na altura diretor financeiro do clube "leonino" .
O atual presidente da Sporting SAD reitera que referiu «genericamente» que não assinava «contratos líquidos», justificando: «Os contratos são sempre por valores ilíquidos, competindo aos atletas, neste caso, a responsabilidade fiscal».
Em nota enviada à Lusa, o dirigente sublinhou que admitiu «que João Vieira Pinto podia estar convencido de que era ilíquido, até porque as negociações foram conduzidas por intermediários».
João Vieira Pinto, José Veiga, Luís Duque e Rui Meireles estão a ser julgados pelos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais.
O Ministério Público entende que os quatro arguidos têm de entregar ao Estado cerca de 700 mil euros em impostos. Em causa, o prémio de assinatura pago a João Pinto, no valor de quatro milhões de euros.
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