"Não é susceptível de consequências desportivas. Os jogadores foram impedidos ilegítima e ilegalmente de participar nos jogos que já ocorreram, mas não há retroactividade. Não se vai poder repetir os jogos em que eles não alinharam. As consequências só podem ser de natureza pecuniária. O FC Porto, naturalmente, irá pedir uma indemnização muito vultuosa à Liga", disse à Agência Lusa o antigo director executivo da Liga de clubes.

Guilherme Aguiar descartou qualquer cenário de tentativa de impugnação do campeonato por parte dos "dragões" porque "um plantel tem muitos jogadores", classificando apenas o sucedido como uma "decisão de um órgão jurisdicional que prejudicou o FC Porto".

"A Comissão Disciplinar [CD] e sobretudo o seu presidente [Ricardo Costa] tinham tomado, intencionalmente, uma decisão errada, que, além de uma enorme injustiça, era uma leitura completamente errada da legislação em vigor", afirmou, reiterando ter estado sempre "convicto da revogação da decisão por parte do Conselho de Justiça" (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), ressalvando "não conhecer os seus fundamentos".

O avançado brasileiro Hulk, do FC Porto, falhou 17 encontros devido à suspensão de quatro meses aplicada pela CD da Liga, hoje reduzida a três encontros pelo CJ da FPF.

O defesa romeno Cristian Sapunaru, que tinha sido punido por seis meses, viu a suspensão ser reduzida para quatro jogos, tendo falhado oito encontros antes de ser emprestado ao Rapid de Bucareste.

Os atletas foram suspensos preventivamente devido aos incidentes no túnel de acesso ao balneário do Estádio da Luz, na visita ao Benfica da 14.ª ronda do campeonato, em 20 de Dezembro, tendo posteriormente o organismo de disciplina da Liga decretado suspensões de quatro e seis meses respectivamente a Hulk e Sapunaru.

Hoje, o CJ da FPF, órgão de recurso, decidiu alterar as penas de suspensão para três e quatro jogos de suspensão respectivamente para o brasileiro e para o romeno.