O Benfica e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestaram hoje o seu pesar pela morte do guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, com o clube da Luz a recordar a sua condição de benfiquista ferrenho.
“Zé Pedro nunca desistiu, foi um lutador até ao final, tendo perdido a batalha da vida esta quinta-feira. O Benfica associa-se a este momento de pesar, endereçando as mais sentidas condolências a familiares e amigos”, pode ler-se numa nota publicada na página oficial dos ‘encarnados’, que destacam o facto de o músico ser adepto ferrenho do clube.
Também a FPF manifestou “o mais profundo pesar” pelo falecimento de uma “figura incontornável da música rock portuguesa”.
“Zé Pedro esteve presente na última gala Quinas de Ouro, organizada este ano pela Federação Portuguesa de Futebol, como representante da banda que teve no tema ‘A minha casinha’ o hino oficioso da ‘equipa das quinas’ nos últimos dois Campeonatos da Europa, em que Portugal conseguiu atingir o terceiro lugar (Polónia/Ucrânia 2012) e o título de campeão (França 2016)”, recordou a entidade, em comunicado.
O guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, morreu hoje, em Lisboa, aos 61 anos, disse à Lusa fonte próxima da família.
Zé Pedro estava doente há vários meses, mas a situação foi sempre mantida de forma discreta pelo grupo, tendo só sido assumida publicamente em novembro, a propósito do concerto de fim de digressão dos Xutos & Pontapés, no Coliseu de Lisboa.
José Pedro Amaro dos Santos Reis nasceu em Lisboa, em 14 de setembro de 1956, numa família de sete irmãos, “com um pai militar, não autoritário, e uma mãe militante-dos-valores-familiares”, como recordou num dos capítulos da biografia “Não sou o único” (2007), escrita pela irmã, Helena Reis.
No final na década de 1970, Zé Pedro, com Zé Leonel e Paulo Borges, decidiu criar uma banda, batizada Delirium Tremens. Passou depois a chamar-se Xutos & Pontapés, com a entrada de Kalú e de Tim para o lugar de Paulo Borges. O primeiro concerto realizou-se há 38 anos, em 13 de janeiro de 1979, nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
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