A igualdade, com golos de William, aos 25 minutos, e Zequinha, aos 74, aceita-se devido ao equilíbrio patente num jogo que ficou prejudicado pelo estado do relvado, o qual não contribuiu para um bom espectáculo.

Com o empate, o Olhanense prolonga uma série negativa de 14 jogos sem ganhar (o último triunfo foi a 13 de Setembro, diante da Académica) e contabiliza 11 pontos, enquanto o Paços de Ferreira soma 15.

O início do encontro deixou logo antever o que se sucederia: um jogo de muita luta, dadas as condições do relvado, verdadeiramente impraticável em certas zonas, especialmente no centro do campo e nas áreas.

Aliás, foi o relvado a primeira figura do jogo, logo aos dois minutos, prejudicando um remate rasteiro de Rabiola para a baliza deserta, com Baiano a salvar em cima da linha e os locais a reclamarem que a bola teria entrado.

A turma de Olhão manteve a pressão: Castro permitiu grande defesa a Cássio (03 minutos), Rabiola atirou às malhas laterais (04) e Ukra, isolado, não fez melhor que rematar à figura do guarda-redes adversário (12).

O Paços de Ferreira reagiu e, aos 23 minutos, até chegaria ao golo, por Manuel José, mas o tento foi invalidado por fora-de-jogo, numa decisão muito contestada pelos forasteiros.

Dois minutos depois, foi mesmo a sério. O central Danielson subiu no terreno, ganhou uma disputa com Sandro, dentro da área, e centrou rasteiro, atrasado, para William abrir o marcador.

Até ao intervalo, os algarvios só voltaram a criar perigo num canto directo de Rui Duarte (28 minutos), que fez a bola embater na barra.

Na segunda metade, o Paços de Ferreira até foi a primeira equipa a criar perigo, quando Manuel José chegou ligeiramente atrasado a um centro e atirou para fora, aos 48 minutos, mas o domínio pertenceu por inteiro ao Olhanense.

Aos 63 minutos, Castro rematou e, à queima-roupa, Ricardo pareceu cortar a bola com a mão, com o árbitro a não marcar uma grande penalidade muito reclamada pelos locais.

Maykon viu Ventura evitar o 0-2 aos 73 minutos e o Olhanense chegou à igualdade um minuto depois, num tiro de Zequinha em que Cássio se viu traído por um desvio de um companheiro de equipa.

As duas equipas ainda tentaram desfazer o empate, até final do jogo, mas sem resultados.