O Paços de Ferreira venceu hoje o Olhanense, por 2-1, em encontro da 23.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, “estragando” o jogo 500 do algarvio Manuel Cajuda como treinador na prova.
Com o triunfo, "desenhado" na primeira parte, com um "bis" do "capitão" Manuel José (05 e 45 minutos), entrecortado pelo golo de Djaniny (39), os pacenses mantiveram o quarto lugar, com 42 pontos, menos um do que o Sporting de Braga, o rival na luta por um lugar na próxima edição da Liga dos Campeões.
O Olhanense prolongou uma série negativa que já vai em 10 jogos sem vencer na Liga, desde a chegada de Manuel Cajuda a Olhão, para substituir Sérgio Conceição, e ocupa provisoriamente o 14.º lugar, com 18 pontos. Pode cair para último.
A entrada do Paços de Ferreira em jogo não podia ter sido melhor, ao concretizar, logo aos cinco minutos, o primeiro lance de perigo do jogo, aproveitando as facilidades concedidas pela defensiva algarvia.
A jogada começou num passe errado do central Nuno Reis e desenrolou-se até surgir Hurtado, pela esquerda, a centrar a bola para Vítor, que amorteceu para o remate de Manuel José, completamente livre de marcação.
O Olhanense não se enervou com a vantagem madrugadora da turma de Paulo Fonseca e manteve a pressão sobre o adversário, mas Djaniny, em duas ocasiões (14 e 18 minutos), e André Micael (23), falharam o empate.
Quando os pacenses já contrariavam o ascendente algarvio, surgiu a igualdade, aos 39 minutos: Babanco bateu um livre da direita para a área, a bola tocou no defesa Nuno Santos e Djaniny confirmou em cima da linha um golo, dedicado pelos colegas ao central Maurício, que se lesionou gravemente há duas semanas e ficará de fora dos relvados até final da época.
O empate parecia ajustar-se à prestação das equipas na primeira parte, mas o Paços de Ferreira revelou-se novamente muito eficaz e, em cima do intervalo (45 minutos), apontou o segundo, com o "capitão" Manuel José a "bisar", após passe de Luiz Carlos.
Manuel Cajuda, que tinha arriscado a colocação de Jander, diminuído fisicamente, no "onze", retirou-o ao intervalo, assim como Djaniny, mas a dupla aposta em Djalmir e Evandro Brandão não teve "frutos" imediatos e, aos 60 minutos, já o técnico "gastava" a última substituição, colocando Ivanildo em campo.
O ritmo imposto pelos dois conjuntos na metade inicial da partida nunca reapareceu e o panorama de jogo beneficiou muito mais o Paços de Ferreira, sempre confortável a gerir o ascendente no marcador e sem "pressas" em chegar à baliza do Olhanense.
Com o final de jogo a aproximar-se, os algarvios "empurraram" os pacenses para o seu meio-campo mas esse domínio nunca se expressou em oportunidades claras de golo, com o resultado a manter-se intacto até ao apito final.