O jornal Expresso teve acesso a mais de 20 depoimentos dos jogadores e staff do Sporting prestados no Comando Territorial de Setúbal na noite de 15 maio, horas depois das agressões na Academia do clube, em Alcochete.
Jogadores como Bas Dost, Acuña, William, Battaglia ou Montero traçaram o cenário de horror vivido no balneário da equipa.
O avançado holandês, que ficou ferido na cabeça, conta que um homem encapuzado deu-lhe com um cinto na cabeça que "o fez cair no chão", onde continuou a ser agredido por dois homens. Bas Dost admitiu ter "ficado em estado de choque" na sequência dos incidentes.
Já Acuña refere que o grupo tentou fechar a porta do balneário aos invasores, mas que tal não foi possível face aos "cerca de 50 elementos que trajavam roupas escuras e alusivas ao Sporting Clube de Portugal, todos de cara tapada, que rapidamente forçaram a entrada no balneário". O argentino confessou ainda que "sobre ele caíram cerca de 5/6 meliantes que o agrediram fisicamente com murros na zona da cabeça e corpo".
Fredy Montero, por seu turno, diz ter ouvido da parte dos atacantes, ao entrarem, a frase "onde está o Acuña e o Battaglia?" e garantiu não ter sido "mais agredido" graças à intervenção de João Palhinha, que o protegeu das agressões.
Battaglia diz ter ouvido os atacantes a perguntarem por si quando irromperam no balneário. Enquanto era insultado, o médio foi agredido com "murros na face, ombro direito e tronco e ainda, enquanto estava a tentar proteger-se, foi atingido na cintura e costas com um garrafão de 25 litros de água que lhe provocou fortes dores".
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