A parceria entre o Vitória de Guimarães e o fundo V Sports, detentor de 29% da SAD, está bloqueada pela UEFA até outubro de 2025, revelou hoje o presidente do clube da I Liga portuguesa de futebol.
Em entrevista à Rádio Santiago, órgão de comunicação social de Guimarães, António Miguel Cardoso revelou que o fundo que detém os ingleses do Aston Villa disponibilizou aos vimaranenses uma linha de crédito até ao “momento em que a UEFA bloqueou a relação”.
“Estamos impossibilitados de nos relacionarmos. Eles [fundo V Sports] não nos podem emprestar jogadores, não nos podem financiar. Não podemos falar de nada que seja de futebol ou de questões financeiras. Tenho alguma curiosidade para ver o que vai acontecer entre o Girona e o Manchester City”, disse, acerca da hipótese de os clubes ligados ao City Football Group competirem na Liga dos Campeões 2024/25.
Os sócios do Vitória de Guimarães aprovaram a venda de 46% das ações ao fundo detido pelo egípcio Nassef Sawiris e pelo norte-americano Wesley Edens por 5,5 milhões de euros, numa assembleia geral realizada em 03 de março de 2023.
O V Sports reduziu, no final de junho, essa participação para 29%, para cumprir o Regulamento das Competições da UEFA, face à participação de Vitória e de Aston Villa na Liga Conferência Europa de 2023/24, e tanto Wesley Edens com Nassef Sawiris abandonaram os dois lugares destinados ao fundo no conselho de administração da SAD.
António Miguel Cardoso confirmou ainda que o ponta de lança André Silva, autor de nove golos em 23 jogos na presente época, esteve prestes a reforçar hoje os italianos do Verona, mas “algumas alterações” de última hora pedidas pelo clube da Série A encerraram as negociações.
À frente do Vitória de Guimarães desde 2022, o dirigente assumiu também que as vendas de Alisson Safira ao Santa Clara e de Dani Silva ao Verona, bem como o empréstimo de Nélson da Luz ao Qingdao West Coast, da China, renderam entre os dois e os três milhões de euros, quando o valor considerado adequado pelo departamento financeiro do clube se situava nos oito milhões.
Convencido de que o quinto lugar deve ser o “mínimo exigível” na I Liga, o presidente vitoriano frisou que o clube precisa de uma nova academia, como complemento à atual, e disse que, no máximo, vai liderar o clube de Guimarães por dois mandatos, tendo recusado esclarecer se se vai recandidatar em 2025, ano para o qual estão marcadas eleições.
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