Paulo Pereira Cristóvão, antigo vice-presidente do Sporting, vai ser julgado.

De acordo com a SIC Notícias, o Tribunal de Instrução Criminal julgou procedente a acusação e pronunciou Paulo Pereira Cristóvão pelos crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, peculato, acesso ilegítimo, devassa por meio de informática e denúncia caluniosa.

O caso foi desencadeado com o envio de uma carta anónima a denunciar um alegado suborno ao árbitro assistente José Cardinal, nomeado para um jogo entre o Sporting e o Marítimo, em Abril de 2012. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, entregou a carta à PJ, depois da mesma lhe ter sido entregue por Godinho Lopes, na altura, presidente dos Leões.

Na sequência da investigação da PJ, foram constituídos arguidos, além de Paulo Pereira Cristóvão, Rui Martins, ex-funcionário do ex-dirigente leonino, suspeito de ter feito, no Funchal, o depósito de dois mil euros na conta bancária do árbitro assistente José Cardinal, e Liliana Caldeira, secretária de Pereira Cristóvão, que terá, alegadamente, comprado a passagem de avião para aquele viajar até à Madeira.

Paulo Pereira Cristóvão foi demitido do cargo que ocupava no Sporting, na altura, liderado por Godinho Lopes, e foi proibido de exercer qualquer atividade no dirigismo desportivo.

Antes, a Comissão de Instrução e Inquéritos da Liga tinha decidido arquivar o processo do caso Paulo Pereira Cristóvão, por prescrição, uma vez que o antigo vice-presidente do Sporting incorria numa infração leve.

O inquérito instaurado, na sequência de uma participação disciplinar do Marítimo, a 31 de maio de 2012, não concluiu que Paulo Pereira Cristóvão tenha exercido ou tentado coagir árbitros.