O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, disse hoje que "os regulamentos existem e vão ser aplicados" no caso dos problemas de segurança numa das bancadas do Estádio António Coimbra da Mota.
O dirigente não quis fazer comentários sobre o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), conhecido hoje, e frisou que "a comissão de vistorias da Liga também se vai pronunciar".
"Os regulamentos existem e vão ser aplicados. O que ressalvo é que foram salvaguardadas as questões da segurança. Queremos é que tudo volte à normalidade e tudo vai acontecer naturalmente", disse à margem da cerimónia de abertura da Cidade Europeia do Desporto Braga2018.
O encontro disputado na segunda-feira entre o Estoril Praia e o FC Porto, da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, foi interrompido ao intervalo devido a problemas de segurança numa das bancadas do Estádio António Coimbra da Mota, que motivaram a sua evacuação e obrigaram centenas de adeptos dos 'azuis e brancos' a descer para o relvado.
Pedro Proença considera que "a Liga tem respondido de forma muito afirmativa a todas estas questões" e notou esperar ainda "relatórios complementares" para uma tomada de posição final.
"Temos regulamentos relativamente às questões de segurança e obviamente os relatórios técnicos vão revelar o que efetivamente aconteceu. Salvaguardadas as condições de segurança, teremos as consequências daquilo que se passou", disse.
Sobre as críticas do Sporting em relação à data da segunda parte do jogo (21 de fevereiro), disse que há que "perceber que as equipas têm as suas responsabilidades, têm um campeonato e competições internacionais, têm períodos de descanso que têm de ser cumpridos por regras nacionais e internacionais".
"Foram cumpridos estes requisitos e o que acontecerá depois acontecerá com toda a naturalidade", disse.
Questionado sobre os frequentes ataques entre os dirigentes dos principais clubes portugueses, o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, apelou ao "bom senso e serenidade", notando, contudo, que o Governo não tem responsabilidade direta sobre todas as matérias.
"Há matérias a ser discutidas no âmbito do futebol que têm que ver com a justiça, investigações que têm que acontecer e sobre as quais a secretaria de Estado não tem tutela direta", disse.
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