O treinador Petit associou hoje o melhor ciclo de resultados da época, com duas vitórias e três empates, à evolução exibicional dos futebolistas do Boavista, na véspera da visita ao Paços de Ferreira, da 19.ª jornada da I Liga.
“Tem-se notado o crescimento dia a dia, jogo a jogo e semana a semana. Sabemos que estamos numa boa fase, mas podíamos ter mais pontos pelo que fizemos, trabalhámos e apresentámos ao longo desses jogos. Não temos de olhar para trás, mas para a frente e dar continuidade aos bons resultados”, observou o técnico, em conferência de imprensa.
Os ‘axadrezados’ somam dois triunfos, quatro empates e uma derrota sob orientação do sucessor de João Pedro Sousa, que lamentou a “falta de eficácia” nas recentes receções a Tondela (1-1) e Gil Vicente (1-1), em plena viragem da primeira para a segunda volta.
“Temos criado oportunidades. Nos últimos dois jogos, tivemos uma média de 18 remates. Estamos com processos bem definidos e, quando consegues criar várias situações de golo e concedes poucas ao adversário, é porque estás com um bom equilíbrio ofensivo e defensivo. É claro que temos de ser mais agressivos no último terço, concentrados e atacar melhor a bola, mas ficava mais preocupado se não criássemos chances”, notou.
Priorizando a “crença no trabalho”, Petit espera ver um Boavista mais afortunado face ao empate diante dos gilistas, no qual o croata Petar Musa teve dois golos anulados por fora-de-jogo, motivando críticas do presidente Vítor Murta ao videoárbitro (VAR) Rui Oliveira.
“Tenho a minha ideia sobre os golos anulados, mas já fazem parte do passado. O nosso foco é naquilo que posso fazer para retirar o melhor rendimento dos jogadores, fazer com que se apresentem a bom nível e conquistem os três pontos amanhã [sexta-feira]. Deixo esse tema para a nossa administração, respeitando sempre a arbitragem”, comentou.
O treinador prevê um jogo “extremamente difícil” em Paços de Ferreira, opositor contra o qual não perde há nove jogos em todas as provas e já derrotou duas vezes em 2021/22 - 3-0 na segunda ronda do campeonato e 2-1 no início da terceira fase da Taça da Liga.
“É uma equipa diferente em relação ao anterior treinador e tem processos bem definidos. Ataca com bastante qualidade, privilegia a saída de bola na sua primeira fase e tem jogadores interessantes e que sabem aquilo que fazem. Em termos defensivos, mudou os seus comportamentos e tem surgido muitas vezes praticamente num ‘5-3-2’”, detalhou.
Kenji Gorré e Tiago Ilori terminam na sexta-feira o isolamento, depois de testes positivos para o coronavírus, mas apenas o extremo curaçauense deverá integrar a convocatória, da qual estão de fora Pedro Malheiro, Miguel Reisinho e Tiago Morais, todos por lesão.
Yusupha está ao serviço da seleção da Gâmbia na Taça das Nações Africanas (CAN), desfalcando as opções de Petit numa fase especial da época, que trará a inédita meia-final da Taça da Liga frente ao Benfica quatro dias depois da visita à ‘Capital do Móvel’.
“Não altera [a preparação], porque nos focamos neste jogo em vez de pensarmos no próximo. Desde o dia em que cheguei cá, tenho dito aos meus jogadores para evoluírem de dia para dia e entre jogos. Têm feito um bom trabalho e têm sido inteligentes face ao que lhes peço. Respeitando o adversário, queremos lutar pelos três pontos”, concluiu.
O Boavista, 10.º colocado, visita o Paços de Ferreira, 11.º, ambos com 18 pontos, na sexta-feira, às 21:15, no Estádio Capital do Móvel, em Paços de Ferreira, em encontro da 19.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Manuel Oliveira, da associação do Porto.
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