O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, reagiu ao castigo de um jogo de interdição aplicado aos dragões na sequência do arremesso de uma tocha por parte de adeptos portistas no jogo diante do Moreirense da primeira jornada da Primeira Liga, e que acabou por ferir duas crianças.

O líder dos azuis e brancos alegou desigualdade de tratamento relativamente a casos que considera semelhantes, e deu um exemplo concreto ocorrido na final da última Taça da Liga, em Leiria.

"Sempre conheci o futebol português desta maneira, com lutas, com questões, com desigualdades chocantes no comportamento dos clubes conforme de onde são. Dou-lhe um exemplo atualíssimo: o Sporting, na final da Taça da Liga da época anterior, teve um grupo de dez indivíduos a mandar foguetes e tochas para cima das pessoas e foi castigado com uma multa. Houve feridos, intencionalidade de atirarem e foi punido com uma multa. Nós, porque o indivíduo atirou um foguete ou qualquer coisa, levámos um jogo de interdição. Isto é que me preocupa. É a injustiça e desigualdade de tratamento que é dado os clubes conforme de onde são", afirmou Pinto da Costa.

Questionado acerca da sintonia com o treinador Sérgio Conceição, o líder dos azuis e brancos reforçou que essa articulação oriunda da visão coincidente de ambos para o FC Porto, mas reforçou que o técnico portista tem a sua maneira própria de pensar.

"O Sérgio Conceição pensa pela cabeça dele, não é pela minha. O que pensamos coincide normalmente, mas não é porque combinemos. É porque ambos temos a mesma visão, ambos estamos no futebol há muito tempo e ambos sabemos que casos como este que relatei agora, da final da Taça da Liga e do Moreirense-FC Porto, são casos flagrantes, mas que ninguém infelizmente diz nada", sublinhou.

O presidente dos dragões confirmou uma recente reunião com o Conselho de Arbitragem da Liga, tendo classificado a mesma como positiva e onde os vice-campeões nacionais puderam expor as suas questões.

"Já fiz a reunião. Foi uma conversa, não digo secreta, porque foi público, mas foi positiva. Apresentámos as nossas ideias, queixas, tivemos uma boa recetividade. Tenho a certeza que as pessoas do CA estão extremamente interessadas que a arbitragem melhore, reconhecem que não está bem e são de uma seriedade intocável", disse Pinto da Costa.

As declarações do presidente do FC Porto ocorreram à margem da apresentação do relatório e contas do clube relativo à temporada 2022/23, onde se registou um um prejuízo de 46,6 milhões de euros.