À margem da apresentação da sua recandidatura à presidência do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa comentou a Operação Pretoriano, que abalou o universo portista. O líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira foi preso, tal como Fernando Saul, Oficial de Ligação às claques do FC Porto. Há suspeitas de envolvimento de Adelino Caldeira, membro da SAD azul e branca.
Imagens da apresentação da candidatura de Pinto da Costa
Nome de Adelino Caldeira na Operação Pretoriano: "O Adelino Caldeira tem estado presente, ainda ontem esteve no futebol e tem estado comigo diariamente, creio que não tem nada a ver com a claque e com o que se está a passar. Naturalmente que sendo um momento desagradável, sobretudo para os visados, quero aqui deixar um abraço ao Fernando Madureira e à sua mulher, porque os amigos são para as ocasiões."
Amizade com Fernando Madureira: "Não tenho que me imiscuir num problema judicial, não me compete nem tenho nada a ver com a vida das pessoas, agora como amigo, neste momento mando um grande abraço de solidariedade, porque eles foram fundamentais no apoio que os Super Dragões deram às nossas equipas nos mais variados momentos. Não é por estar a passar um momento mais difícil que eu deixo de ser seu amigo, porque foi e espero que continue a ser um grande chefe de claque."
Elogios aos Super Dragões: "Acho que os Super Dragões criam muitos problemas à nossa imagem, sobretudo ontem em Famalicão, foram terríveis. Não deveriam ter lá estado a fazer aqueles desacatos, mas naturalmente que terá sido a última vez que eles foram a Famalicão."
Operação Pretoriano mancha nome do FC Porto? "Absolutamente nada. As envolvências do que pode estar em causa é a vida privada das pessoas e eu não tenho nada a ver com isso. Como líder dos Super Dragões, [Fernando Madureira] foi sempre exemplar."
Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.
De acordo com documentos judiciais, aos quais a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.
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