O presidente do FC Porto voltou hoje a criticar o Governo na relação com o desporto, no âmbito da gestão da pandemia de covid-19, sugerindo que "devia demitir-se e pôr a DGS [Direção-Geral da Saúde] a comandar o país".
"O Governo anunciou há dias que se podia ocupar um terço de lotação dos recintos desportivos, até nas modalidades amadoras, mas, entretanto, tivemos um jogo no nosso pavilhão, um FC Porto-Sporting, em hóquei em patins, e, apesar disso, não houve público, porque a DGS não tinha dito como era. O Governo devia demitir-se e pôr a DGS a comandar o país. Fazem a legislação que entendem ser a correta, mas não é efetiva porque a DGS não disse como vai ser. É um absurdo a raiar o ridículo, o que se torna lamentável", disse Pinto da Costa.
Estas declarações surgem à margem de uma reunião da direção do FC Porto com uma comitiva da CDU/Porto, composta, entre outros, pela vereadora e atual candidata à Câmara Municipal do Porto, Ilda Figueiredo, e o membro da Comissão Política do PCP Jaime Toga.
"O facto de estarmos a agravar os números é preocupante. Em termos de FC Porto, não sentimos diferença quando a pandemia melhora ou fica menos má, porque os apoios são sempre zero. As facilidades são sempre zero. Portanto, não afeta muito. Estamos numa situação ridícula de ver o presidente da Assembleia da República dizer aos portugueses para irem em massa ver o jogo da seleção a Espanha e, cá, os estádios continuam vazios, porque não há permissão", observou Pinto da Costa.
O presidente do clube portuense foi questionado sobre a possibilidade de as autoridades recuarem no que diz respeito à ocupação de estádios e pavilhões em eventos desportivos: "Eu temo tudo. Quando se segue política do absurdo, tudo é possível acontecer, feito por qualquer iluminado do momento", respondeu.
Pinto da Costa aproveitou a ocasião para comentar os dois reforços do FC Porto, já apresentados esta época, Fábio Cardoso e Pepê. O dirigente começou por destacar Fábio Cardoso, ex-defesa central do Santa Clara, que foi apresentado durante a manhã de hoje.
"Naturalmente, se o apresentámos é porque consideramos que é um elemento válido para integrar o plantel. Desejo-lhe as maiores felicidades, qualquer jogador que chegue ao FC Porto vem com grande vontade de triunfar e é isso que eu espero. Que aconteça com ele e com todos aqueles, como o Pepê, que já foi anunciado, que tragam o maior sucesso para o FC Porto e para eles também individualmente", afirmou o presidente do FC Porto.
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