O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, quer dar continuidade ao trabalho desenvolvido por Sérgio Conceição e vai pronunciar-se no sentido de impor, junto da SAD portista, o investimento necessário para que seja possível manter alguns jogadores importantes na conquista do título e, ao mesmo tempo, oferecer garantias de competitividade que assegurem a continuidade de Sérgio Conceição.

Segundo escreve esta terça-feira o jornal Record, Pinto da Costa vai pronunciar-se na SAD do FC Porto a favor de um investimento apesar da rigorosa austeridade determinada por Fernando Gomes, administrador financeiro que conseguiu negociar um acordo benévolo para o FC Porto face ao incumprimento das regras do 'fair-play' financeiro da UEFA, e que por isso tem sido intransigente no sentido de impedir que haja uma derrapagem nas contas.

Recorde-se que Sérgio Conceição pediu reforços para esta época, mas recebeu apenas o guarda-redes Vaná no início da temporada perante a contenção de custos da SAD portista por causa do incumprimento das regras do 'fair-play' financeiro da UEFA. No mercado de inverno, o FC Porto acabou por garantir quatro reforços 'low cost' para Sérgio Conceição, mas o técnico portista acabaria por não apostar muito em Paulinho, Osório, Waris e Gonçalo Paciência.

O referido jornal desportivo adianta ainda que a vontade de Pinto da Costa corresponde ao desejo dos adeptos, mas ainda existem aspectos técnicos a resolver de forma a garantir um investimento no plantel para defender o título de campeão na próxima época, nomeadamente a apresentação de resultados financeiros que a UEFA exige tendo tem conta o cumprimento das regras do 'fair-play' financeiro.

Apesar da melhoria de receitas em 2018/2019 por causa da Liga dos Campeões e do novo contrato televisivo, a UEFA só permite à SAD do FC Porto fechar as contas desta temporada com um prejuízo de 20 milhões de euros. A SAD portista orçamentou 17,590 milhões de euros, mas nas contas do primeiro semestre apresentou 23,296 milhões de euros negativos.

Para além disso, o FC Porto tem orçamentado um resultado positivo de 55,082 milhões de euros nas transações de passes e, até agora, o único encaixe que fez foi com a venda Martins Indi para o Stoke City por 7 milhões de euros. Outro aspecto relevante para o planeamento da próxima época vai para os custos com pessoal que continuam em níveis muito altos com gastos de 38,054 milhões de euros no primeiro semestre.