A polícia Judiciária confirmou a detenção de duas pessoas no que apelidaram de Operação E-Toupeira. Através de um comunicado, a PJ revela as duas detenções devido a suspeitas sobre crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal. prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.
"A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa deteve dois homens pela presumível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal".
Confira o comunicado na integra:
"A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa deteve dois homens pela presumível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal.
No decurso da operação, que envolveu cerca de 50 elementos da Polícia Judiciária, um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público, foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios.
Nesta investigação, iniciada há quase meio ano, averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários.
Os detidos vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial. A investigação prossegue com vista à continuação de recolha de prova e ao apuramento dos benefícios ilegítimos obtidos", pode ler-se.
Paulo Gonçalves foi detido esta terça-feira, em casa, suspeito de ter subornado pessoas ligadas ao 'Caso dos Emails' para obter conhecimento em prol do Benfica. O assessor jurídico dos 'encarnados' está, neste momento, a acompanhar a polícia nas buscas que estão a ser efetuadas no Estádio da Luz.
O Estádio da Luz está a ser alvo de novas buscas por parte das forças policiais. De acordo com o Correio da Manhã, a unidade nacional de combate à corrupção da PJ enviou dezenas de inspetores para novas buscas relacionadas com o 'Caso dos Emails'. O assessor do Benfica não seguiu para nenhuma esquadra uma vez que vai acompanhar as forças policiais nas buscas que estão a decorrer no reduto dos 'encarnados'.
A notícias de buscas no reduto dos 'encarnados' surge depois de, esta terça-feira, Paulo Gonçalves ter sido detido por suspeitas de subornos a elementos ligados ao caso. O assessor jurídico do Benfica terá agido para favorecer o clube da Luz e obter informações sobre o caso.
A Polícia Judiciária está ainda a realizar buscas em casas particulares, e nos tribunais de Guimarães e Fafe.
O 'Caso dos Emails' foi lançado por Francisco J. Marques que, no Porto Canal, revelou a troca de emails entre Paulo Gonçalves e várias personagens ligadas ao futebol. As revelações têm sido recorrentes, mas recentemente, o diretor de comunicação do FC Porto ficou impedido de revelar novas informações sobre o caso.
A primeira implicação de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, neste caso é em 17 de junho quando supostamente terá trocado emails com Mário Figueiredo, ex-presidente da Liga, e Nuno Cabral, ex-delegado da Liga. O primeiro fala de um pedido do antigo árbitro ao jurista ‘encarnado’, em outubro de 2014, para interceder a favor do árbitro Manuel Mota devido a uma nota negativa que recebeu num jogo entre o Vitória de Guimarães e o Marítimo. O dirigente benfiquista teria ainda recebido emails de Adão Mendes a pedir que intercedesse a favor do filho Renato Mendes, árbitro da AF Braga.
O Tribunal da Relação do Porto deu razão ao Benfica no recurso do procedimento cautelar interposto pelo clube da Luz de forma a proibir o FC Porto de divulgar correspondência privada dos dirigentes da Luz através do seu programa no Porto Canal 'Universo Porto - Da Bancada'.
Entretanto, Francisco J. Marques reagiu à detenção de Paulo Gonçalves através de uma mensagem publicada nas redes sociais.
O Benfica também já reagiu às buscas garantindo estar totalmente disponível para colaborar com todas as investigações do processo.
"A Sport Lisboa e Benfica SAD confirma a realização de buscas às suas instalações no âmbito de um processo de investigação sobre eventual violação do segredo de justiça e reitera a sua total disponibilidade em colaborar com as autoridades no integral apuramento da verdade."
A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informou na sua página na internet que o inquérito está relacionado com “a prática de acessos por funcionários a diversos inquéritos em segredo de justiça para obtenção de informação sobre diligências em curso, informações que eram depois transmitidas ao assessor da administração de uma sociedade anónima desportiva a troco de vantagens”.
A PGDL não refere que a sociedade anónima desportiva é a SAD do Benfica.
Estão a ser investigados crimes de corrupção passiva e ativa, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal e falsidade informática/cibercrime.
Segundo a PGDL, foram cumpridos seis mandados de buscas domiciliárias, um de busca a gabinete de advogado e 21 mandados de buscas não domiciliárias na presença de um juiz de instrução criminal, dois procuradores-adjuntos, inspetores da PJ e peritos informáticos.
Os dois detidos, que não são identificados nas informações prestadas pela PJ e pela PGDL, vão ser sujeitos a primeiro interrogatório judicial.
A investigação, indica o comunicado da PJ, vai continuar para a recolha de prova e ao apuramento dos benefícios ilegítimos obtidos.
O inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
Uma fonte ligada ao processo disse hoje de manhã à agência Lusa que o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves tinha sido detido no âmbito do caso dos emails.
O assessor jurídico do Sport Lisboa e Benfica Paulo Gonçalves já tinha sido constituído arguido a 19 de outubro, no caso dos emails e na sequência de buscas da Polícia Judiciária ao clube.
Desde maio que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, tem acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira.
De acordo com informações avançadas pela Sábado, também terá sido detido um técnico de informática do Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça (IGFEJ), por suspeitas de corrupção passiva.
O Observador avança que foram estas 'prendas' do assessor jurídico que levaram a polícia judiciária a avançar com a detenção que ocorreu na manhã desta terça-feira.
O jornal online escreve que Paulo Gonçalves terá utilizado lugares cativos para jogos do Benfica, camisola oficiais do clube da Luz e peças de merchandising de valor elevado que estavam para além das posses dos funcionários judiciais como moeda de troca para levar à suposta corrupção.
Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting, também já reagiu à detenção do diretor jurídico da SAD do Benfica.
O diretor de comunicação do Sporting não se diz surpreendido com as notícias e recorda que o clube de Alvalade já tinha denunciado os vouchers "há cinco anos"
Notícia atualizada à 13h39
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