Depois de 20 anos afastado do convívio entre os maiores emblemas do futebol nacional, o Portimonense regressou esta época à I Liga e debate-se para fugir à zona de despromoção. Missão que por agora não está assegurada, uma vez que os algarvios ocupam a penúltima posição da tabela, com dez pontos conquistados, e tendo apenas atrás de si a Naval 1.º de Maio.  

Os maus resultados e a dificuldade em descolar do fundo da tabela levaram já à mudança de treinador, e depois de Litos ter trazido o Portimonense de volta à I Liga, agora é Carlos Azenha quem orienta a equipa de Portimão.

O técnico faz um «balanço positivo» do mês de trabalho no Algarve, embora admita que «os resultados ainda não sejam aquilo que gostávamos, sobretudo por manifesta falta de sorte».

«No jogo da Naval fomos claramente superiores e ao intervalo podíamos estar a ganhar por três ou quatro a zero, e num lance infeliz a Naval chegou ao empate», lamenta o técnico, acrescentando que «com essa pontinha de sorte teríamos mais cinco pontos e estaríamos numa situação mais desafogada. Não aconteceu e temos de continuar a trabalhar e acreditar que é possível».

Carlos Azenha nota já melhorias nos processos de trabalho da equipa, mas frisa que os resultados é que ditam o sucesso, realçando que o Portimonense tem necessidade de ir ao mercado para colmatar algumas lacunas do plantel.

«O presidente honra-se e orgulha-se de ter os ordenados em dia e prefere isso e entrar em loucuras que levem o clube a uma ruptura financeira. Por isso, dentro das capacidades financeiras do Portimonense, tentaremos encontrar os jogadores adequados para suprimir as falhas que temos na equipa.»

A terminar, Azenha lembra que a sorte faz parte do futebol e por isso espera que os deuses também passem a estar ao lado dos algarvios:

«É importante uma ponta de sorte e é importante que a estrelinha nos acompanhe, porque também é isso que não temos tido.»

Veja a entrevista exclusiva a Carlos Azenha