O presidente da SAD do Beira-Mar, Majid Pishyar, contestou hoje o resultado «mentiroso em Paços de Ferreira» e garantiu que vai solicitar esclarecimentos à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Em comunicado, o investidor iraniano destacou que «ninguém tem dúvidas de que o Beira-Mar tem sido um dos clubes mais prejudicados e desrespeitados pelas arbitragens durante esta época - se não mesmo o mais prejudicado».

«A frustração prolonga-se para os adeptos, que pagam para assistir a um jogo justo e acabam contemplados com uma mentira, com um resultado adulterado, como tristemente se verificou em Paços de Ferreira», acrescentou o líder da SAD do clube de Aveiro, que empatou no domingo com o Paços de Ferreira (1-1).

Majid Pishyar considerou que «o árbitro influenciou diretamente o resultado, com um conjunto de erros e comportamentos em prejuízo do Beira-Mar, que teve o seu apogeu no último minuto, numa grande penalidade absurda de tão inexistente».

O investidor acrescentou que «o prejuízo prolonga-se para a próxima jornada, com a suspensão - injusta - de um jogador [Dias]" e que vai solicitar à Federação Portuguesa de Futebol e à Liga Portuguesa de Futebol Profissional uma análise das "injustiças de que o Beira-Mar tem sido alvo».

Na nota informativa, Pishyar dá ainda conta que «até ao final da presente temporada, e de acordo com a legislação em vigor, o Beira-Mar não requisitará policiamento para os jogos que disputar no Estádio Municipal de Aveiro».

O presidente justifica-se com as «condições de infraestruturas e de segurança» com que se tem deparado noutros estádios e dos «ambientes de pressão e de condicionamento sobre os agentes desportivos» a que tem assistido.

Majid Pishyar lamentou «o tratamento e a violência de que foi alvo em Paços de Ferreira a claque do Beira-Mar, Ultras Auri-Negros», apresentando «solidariedade aos elementos» do grupo de adeptos.

Em jeito de conclusão, o dirigente iraniano afirmou que «não é admissível que haja influência grosseira de arbitragem nos resultados desta atividade e que os árbitros que cometem erros que influenciam resultados não estejam sujeitos a qualquer tipo de penalização».

«Quem chega a árbitro da primeira categoria passa a usufruir de um salário que supera largamente o ordenado médio de um cidadão português e passa a beneficiar também de privilégios», disse o iraniano, que acrescentou que, por isso, se devia exigir «rigor, coerência, honestidade e responsabilidade».