O acionista maioritário da SAD do Portimonense diz-se incrédulo e cansado com várias polémicas de arbitragem que têm vindo a manchar esta edição da Primeira Liga de Futebol. Theodoro Fonseca admite "deixar de investir no futebol português caso não sejam tomadas medidas urgentes que permitam evitar este descalabro e esta continuada descredibilização"

"Estou perplexo com a sucessão de erros grosseiros registada na Liga. O que se tem passado afasta patrocinadores e investidores e, assim, o futebol português está de luto, por tudo o que tem ocorrido nas últimas semanas, com repetidas ocorrências que afetam a sua credibilidade. [...]O futebol português, neste momento, é um mau investimento, pela falta de credibilidade. E também não é um bom produto para os operadores televisivos, que passam o que se tem visto e que é observado fora das fronteiras de Portugal, com consequências muito negativas. Quem quer investir neste futebol, com os erros grosseiros que se verificam em cada semana? Não aconselho ninguém a investir um cêntimo enquanto continuarem a ocorrer estes erros grosseiros", disse Theodoro Fonseca, depois da derrota caseira do Portimonense diante do Santa Clara.

O empresário brasileiro diz-se "defraudado", depois do "esforço tremendo na construção de infraestruturas" no clube e na aposta em jogadores internacionais. O acionista maioritário da SAD algarvia lamenta "os erros grosseiros cometidos em prejuízo do Portimonense", principalmente do VAR, que devia ter a função de ajudar o árbitro principal.

"O erro faz parte do futebol e não condeno ninguém por, no campo, não ver o que as imagens depois mostram ser claro. Agora o que é inadmissível é, com a tecnologia que existe, quem está a observar as imagens não corrigir esses erros, isso destrói a credibilidade desta indústria", explicou.

Todos os erros de arbitragem que têm sido cometidos neste início de época não ajudam a credibilizar a prova e, para Theodoro Fonseca, os altos dirigentes desportivos do país não devem estar satisfeitos com o que se tem passado.

"Acredito que Fernando Gomes, presidente da FPF, Tiago Craveiro, diretor-geral da FPF, bem como Pedro Proença, presidente da Liga, também se sentirão defraudados, pois parece que alguém anda a brincar com o enorme trabalho que têm realizado...", atirou.

O Portimonense é 16.º da I Liga com quatro pontos em seis jogos.