O presidente do Vitória de Guimarães apelou hoje ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, para que instaure um inquérito aos acontecimentos verificados no recente jogo de futebol entre as equipas B de Vitória e Braga.
Em conferência de imprensa, Júlio Mendes pediu ao governante que mande abrir um inquérito, sob pena de pensar que «foi tudo orquestrado e que o Vitória de Guimarães caiu numa armadilha».
Júlio Mendes referia-se ao jogo entre as equipas B do Vitória e do Braga, no último domingo último, da 29.ª jornada da II Liga, e que foi interrompido aos oito minutos depois de graves confrontos entre adeptos dos dois clubes nas bancadas.
«Não deixarei que o Vitória seja usado como bode expiatório para nada. Apelo ao ministro que sente todos à mesma mesa, Federação Portuguesa de Futebol, Liga, clubes, autoridades, para que esta questão seja resolvida de uma vez por todas», disse.
Júlio Mendes deixou ainda um «apelo sincero» ao presidente do Sporting de Braga, António Salvador, «para que tome as medidas que forem necessárias» para travar a espiral de violência que tem envolvido adeptos do clube bracarense nos últimos tempos.
«Que tenha a lucidez e convicção de que o Sporting de Braga não se confunde com uma minoria. Faço este apelo, porque sei que ele é um homem de coragem e que é capaz de assumir grandes desafios, como este. Sei que não é fácil, mas tem que o fazer sob pena de ele próprio se confundir com essa minoria. É preciso agir», exortou.
O dirigente revelou ainda que o Vitória de Guimarães apresentou hoje recurso da decisão do Conselho de Disciplina da FPF de interditar o estádio D. Afonso Henriques por um jogo para as equipas A e B dos vimaranenses, na sequência desses confrontos, «por entender que não foi feita a correta aplicação dos regulamentos».
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