O presidente do Rio Ave, António Silva Campos, e o ex-presidente Paulo de Carvalho foram hoje absolvidos num processo em que eram acusados, pelo Ministério Público, de auxílio à imigração ilegal.
A sentença foi hoje lida no Tribunal de Vila do Conde, que não deu como provada a prática deste crime, assim como a prática de falsificação de documentos e utilização de documentos falsificados, ilibando os dois dirigentes, um responsável pelo futebol jovem do Rio Ave e o proprietário de uma empresa local.
O caso remonta aos anos de 2007 a 2009, período investigado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, altura em que, alegadamente, os responsáveis do clube teriam criado empregos fictícios para progenitores e tutores de três jovens jogadores brasileiros, menores de idade, para que estes pudessem representar o clube.
Isto porque a FIFA, organismo que tutela o futebol mundial, proíbe transferências internacionais de jogadores menores de idade, a não ser que os progenitores mudem de país de residência.
Após a análise das provas apresentadas pela defesa durante as sessões deste julgamento, o tribunal vila-condense não deu como provada a existência de qualquer documento falso, a tentativa de falsear a realidade e o auxílio à imigração ilegal, absolvendo todos os arguidos.
Num comunicado emitido pelo Rio Ave, no seu sítio oficial na Internet, o clube considera que se fez “inteira Justiça, tornando-se improcedente uma acusação que nunca deveria ter acontecido, a qual terá incomodado profundamente os visados. a quem terá causado naturais prejuízos".
Nesse sentido, os responsáveis do clube esperam "a apresentação de um pedido de desculpas formal por parte do Estado".
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