O presidente do Paços de Ferreira, Carlos Barbosa, disse hoje partilhar a insatisfação dos adeptos face às derrotas, mas reprovou a desestabilização de "meia dúzia", afirmando prescindir de quem vai ao futebol protestar em vez de ajudar.
«Até concordo com a insatisfação dos adeptos, ninguém da direção está satisfeita com as derrotas, mas não posso concordar que assobiem desde o primeiro minuto e até antes do jogo começar e deem olés à própria equipa», disse Carlos Barbosa à agência Lusa.
O presidente da formação pacense desvalorizou as situações protagonizadas por «meia dúzia de adeptos», por considerar que «esta meia dúzia não reflete o que é o Paços de Ferreira», e disse estar à vontade com quaisquer tentativas desses ou de outros para forçarem a realização de uma Assembleia-geral (AG).
«Não nos preocupa nada», sublinhou, apesar de mostrar desconhecimento sobre a petição que alegadamente alguns desses adeptos terão colocado na Internet para recolha de assinaturas, com o objetivo de destituírem a atual direção em AG, considerando ofensivas as suas declarações após o jogo com Dnipro, quinta-feira, para a Liga Europa.
Ainda a quente, na sequência da dura troca de palavras com os adeptos que lhe foram pediram explicações ao camarote presidencial no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, Carlos Barbosa disse ao jornal O Jogo que «a massa associativa do Paços de Ferreira é muito ranhosa», reportando-se ao comportamento no jogo que ditou a derrota por 2-0.
Para Carlos Barbosa, «nenhum clube precisa deles se vão apenas para protestar», acrescentando: «Se for para terem a atitude que tiveram, até agradecemos que fiquem em casa [no jogo com o Vitória de Guimarães, na segunda-feira], pois precisámos é de quem nos ajude e apoie e não quem apenas quer desestabilizar».
E, em relação ao técnico, o dirigente pacense disse que «o Costinha é um problema genérico do futebol e dos treinadores, quando não se ganha é preciso fazer alguma coisa», sem colocar em causa, por agora, a sua continuidade.
«Acreditamos no trabalho e vamos em frente», concluiu.
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