Benfica e Sporting estranham terem sido alvo de várias investigações do Ministério Público (MP) nos últimos meses, e que não haja desenvolvimentos nos inquéritos que envolvem o FC Porto ou a claque Super Dragões, avança o jornal i esta quarta-feira.

De acordo com a publicação, fontes dos dois clubes lembram que ultimamente têm sido recorrentes as notícias sobre as iniciativas do MP ou de agentes de polícia de investigação criminal realizadas na Luz e em Alvalade, na sequência de denúncias anónimas, ao passo que os processos que estão em curso há meses e que envolvem os 'dragões' parecem estar parados.

Nesse sentido, o jornal i dá como exemplo o caso da invasão do centro de treinos dos árbitros, na Maia, por parte de alguns elementos dos Super Dragões, em janeiro de 2017, onde foram ameaçados vários juízes, entre eles Artur Soares Dias, nomeado para apitar o Paços de Ferreira-FC Porto, naquela jornada.

Outro exemplo de processos relacionados com o FC Porto que aparentam estar ‘congelados’ é o caso do processo contra Luís Gonçalves, diretor geral dos 'dragões', que estava a ser investigado por suspeitas de corrupção. Na altura, o Ministério Público (MP) pediu à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) documentos relacionados com a partida entre o SC Braga, disputada a 15 de abril de 2016, nomeadamente a nomeação dos árbitros dessa jornada, o mapa de castigos dessa jornada e o relatório do árbitro Hugo Miguel sobre as ameaças feitas por Luís Gonçalves ao quarto árbitro, Tiago Antunes. “Nós sabíamos o que vinhas tu para aqui fazer, nós vamos conversar mais tarde… A tua carreira vai ser curta”, terá dito o diretor geral dos ‘dragões’.

Este ano, refere a mesma publicação, o caso ligado ao FC Porto que mais deu que falar foi o ‘Estorilgate’. Em causa está o jogo frente ao Estoril, que teve início a 15 de janeiro e foi reatado a 21 do mês seguinte, devido ao risco de desabamento de uma parte da bancada do Estádio António Coimbra da Mota.

No final da primeira parte, os ‘dragões’ estavam a perder por 1-0, mas acabariam por vencer por 3-1. Na altura, o que despertou a atenção das autoridades foi a transferência de 730 mil euros dos ‘azuis e brancos’ para os estorilistas entre as duas partes do jogo. O FC Porto justificou a transação como sendo o pagamento da última tranche de dívidas referentes à transferência de Carlos Eduardo (exEstoril) do FC Porto para o Al Hilal, em 2015, e à contratação de Licá em 2013.

O i questionou a PGR e a FPF sobre as várias investigações que envolvem os 'azuis e brancos', mas, até ao momento, não obteve resposta.