As imagens de Fernando Madureira a liderar a claque ‘SuperDragões’ enquanto esta entoava o cântico "Ai quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica” durante um jogo de andebol entre o FC Porto e o Benfica invadiram as redes sociais em abril do ano passado. Madureira acabaria por ser obrigado a pagar uma multa de 2600 euros e ficou impedido de aceder a recintos desportivos durante seis meses.
O líder dos ‘SuperDragões’ decidiu recorrer das sanções impostas pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ). Nesse sentido, esta quarta-feira foi ouvido no Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto um agente da PSP que se encontrava no pavilhão Dragão Caixa à altura dos factos.
O Jornal de Notícias avança na edição desta quinta-feira que o agente Bruno Miguel – que já tinha confessado ser amigo de Fernando Madureira – afirmou em tribunal que o líder dos ‘SuperDragões’ ficou “surpreendido” quando o cântico começou.
“No início, não se entendia muito bem o que estava a ser cantado. Mas quando ele se apercebeu começou a entoar um dos cânticos habituais da claque”, disse o agente da PSP.
Foram ainda ouvidos em tribunal João Rocha, diretor do Departamento Jurídico do IPJD, e Lídia Praça, vogal do Conselho Diretivo do mesmo organismo e instrutora do processo. Estas duas testemunhas garantiram que Madureira cantou o verso do já referido cântico.
Apesar destes três testemunhos, o JN adianta que o procurador da República não ficou esclarecido com as informações existentes, argumentando que as imagens não garantem “a certeza absoluta de que estivesse a cantar e a acompanhar com o corpo”. Nesse sentido, o magistrado requereu que o FC Porto cedesse as imagens de videovigilância do pavilhão Dragão Caixa relativas ao dia os acontecimentos.
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