A Primeira Liga arranca esta sexta-feira e muitas são as mudanças, a começar pelo banco de suplentes. Das dezoito equipas que irão compor a edição 2024/25 da Primeira Liga, nove apresentam um novo treinador para a temporada que se avizinha.

Para além disso, há ainda um aumento do número de técnicos estrangeiros, em comparação com o arranque da última época, de dois para quatro treinadores.

No que aos três 'grandes' diz respeito, os rumores foram muitos e, por motivos diferentes, nenhum dos técnicos tinha o seu lugar assegurado. No final, apenas o FC Porto viu mudar a sua liderança técnica; após sete anos, Sérgio Conceição deixou o clube azul e branco, sendo substituído pelo seu antigo adjunto Vítor Bruno.

O SC Braga, que terminou a última época ainda a lutar pelo pódio, arranca com a nova liderança de Daniel Sousa, técnico que levou o Arouca a um excelente sétimo lugar após uma fantástica segunda volta de campeonato, de onde começou nos lugares de despromoção.

Mas Braga não foi a única cidade minhota a ver mudança de timoneiro; em Guimarães a conturbada saída de Álvaro Pacheco levou à contratação de Rui Borges, treinador que trouxe o Moreirense desde a Segunda Liga até ao sexto lugar do campeonato.

Veja os treinadores das 18 equipas da Primeira Liga em 2024/25

De notar que, das equipas que se mantiveram no primeiro escalão, apenas cinco arrancam a nova época com o mesmo treinador com que terminaram a anterior; Rúben Amorim no Sporting, Roger Schmidt no Benfica, José Mota no Farense, Armando Evangelista no Famalicão e Luís Freire no Rio Ave.

Relativamente às equipas que subiram à Primeira Liga, apenas o AVS mudou de treinador, com Vítor Campelos a ocupar o lugar deixado por Jorge Costa, que agora lidera o departamento de futebol do FC Porto. De resto, quer Nacional da Madeira, quer Santa Clara, mantêm as respetivas lideranças técnicas.

A temporada 2024/25 será a sexta consecutiva de Rúben Amorim aos comandos do Sporting CP, sendo o técnico em funções com maior período à frente de um clube da Primeira Liga.

Todavia, Amorim não é o treinador da Primeira Liga com mais jogos realizados no escalão maior do nosso futebol. Tal 'prémio' pertence nesta altura a José Mota; o técnico do Farense conta com 443 jogos no campeonato ao longo dos 18 anos, não consecutivos, a treinar equipas da principal divisão nacional.

Em sentido contrário, seis são os treinadores que fazem a sua estreia absoluta na Primeira Liga. Cristiano Bacci (Boavista), João Pereira (Casa Pia), Tiago Margarido (Nacional) e Vasco Matos (Santa Clara), terão a sua primeira experiência no principal escalão após passagens por divisões inferiores, isto enquanto que o uruguaio Gonzalo Garcia e o escocês Ian Cathro fazem a sua estreia no futebol português.

O único regressado é Bruno Pinheiro, técnico que assumiu os comandos do Gil Vicente após a saída inesperada de Tozé Marreco a dois dias do arranque do campeonato, e que comandou o Estoril-Praia entre 2020 e 2022.