O extremo português regressou ao FC Porto no último mercado de janeiro e em poucos meses assumiu-se como a alma da equipa portista. Em entrevista à revista "So Foot", Ricardo Quaresma abordou o seu percurso profissional e admitiu que ao longo da sua carreira tomou "más decisões" por querer "tudo depressa".
"Tomei várias más decisões em momentos-chave da minha carreira. Isso foi culpa minha, quis fazer tudo depressa e acabei por me prejudicar", começou por dizer Quaresma.
"Se há algo de que estou convencido e que não mudou com o tempo é que não sou inferior aos melhores. Aquilo que eles fazem eu também sou capaz de fazer. Mas é claro que o talento não chega para se conseguir uma grande carreira", acrescentou Quaresma que passou por clubes como Barcelona, Chelsea ou Inter de Milão.
"Não tive a paciência que deveria ter tido para aceitar que, pelo menos no início, tinha de ficar no banco», afirmou Quaresma sobre a sua passagem pelo Barcelona, acrescentando que «não suportava a ideia de ser substituto deste ou daquele. Foi uma postura idiota."
"O campeonato não era para mim de todo», afirmou sobre a sua passagem por Itália. "É um tipo de futebol único, onde se arrisca pouco, onde todos devem estar atentos ao erro do adversário à espera de um contra-ataque. Esse não é o meu estilo".
Em relação à sua passagem pela Besiktas da Turquia, Quaresma revelou as razões que o levaram a sair de um clube onde era tratado "como um rei" pelos adeptos.
"Depois veio outro presidente que só se preocupava com o que eu ganhava». Quando o novo presidente chegou, aceitei baixar o meu salário, mas algumas horas depois de termos chegado a acordo recebi um ultimato da direção para reduzir ainda mais. Aí percebi que era o alvo, que queriam servir a minha cabeça, e parti para a disputa", atirou Quaresma.
No Al-Ahly do Dubai, Quaresma acabou por não ser feliz e com a possibilidade de regressar ao FC Porto, e ao futebol português, o extremo português não teve dúvidas.
"Sou um jogador de instintos: para estar inspirado, preciso de estar feliz", frisou Quaresma.
"Fim da carreira? Ainda demora. Vejam Giggs, Zanetti, Pirlo. O meu objetivo é conseguir o mesmo que eles. Conto ainda ter dez anos de futebol à minha frente", sentenciou o internacional português de 30 anos.
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