Na ausência de Paulinho, que cumpria o segundo de três jogos de castigo, foi o miúdo a garantir que o Sporting saía de Vila do Conde com os três pontos, quando já nada o fazia prever. Chermiti, de apenas 18 anos, estreou-se a marcar pela equipa principal e salvou uma noite bastante desinspirada dos leões, que assim mantêm a distância para o trio da frente em vésperas de clássico com o FC Porto.
Cinco dias depois de uma goleada incontestável ao SC Braga, a equipa de Rúben Amorim voltou a sentir dificuldades fora de Alvalade (a tal "bipolaridade" de que Rúben Amorim diz que a sua equipa padece): à exceção de um disparo a rasar o poste de Morita, os leões não fizeram um único remate enquadrado com a baliza, tal como o Rio Ave, que apostou na pressão alta para bloquear as investidas do adversário.
Na segunda parte, houve mais do mesmo até aos 53’, altura em que St. Juste perdeu um duelo com Boateng e o internacional ganês avançou para área, driblou Inácio, mas falhou na cara de Adán. Depois foi Pedro Gonçalves a levar a bola a raspar na trave. O jogo melhorou ligeiramente, ainda assim, o nulo parecia ser o resultado mais provável.
Só que Chermiti ainda tinha algo a dizer. A seis minutos dos 90, o jovem avançado recebeu à entrada da área aproveitando uma tentativa de corte falhada de Patrick William e rematou cruzado para o fundo das redes – Jhonatan ainda tocou na bola, mas não evitou o golo do miúdo, que pode bem ter assegurado a titularidade para a receção ao FC Porto. Ah, Bellerín e Diomandé estrearam-se pelo Sporting.
O momento
Golo de Chermiti aos 84': Teve alguma sorte na forma como a bola foi ter consigo, após a abordagem deficiente de Patrick William, mas a verdade é que o avançado leonino foi o único a tirar partido da (única) oportunidade que teve para rematar. Destaque ainda para a defesa de Adán ao minuto 53, a negar o golo a Boateng.
Veja o golo de Chermiti
O melhor
Chermiti: Voltou a merecer a confiança de Rúben Amorim, e num jogo de qualidade tão baixa, sobressaiu pela forma como segurou a bola e serviu os companheiros, numa primeira fase, e depois pelo golo marcado que safou o Sporting já perto do fim.
O pior
Primeira parte: Numa noite bastante fria em Vila do Conde, os primeiros 45 minutos não fizeram esquecer a temperatura. Pelo contrário, foram um autêntico bocejo: zero remates à baliza, e escassas oportunidades de perigo e pouca velocidade de processos. Manuel Mota nem deu tempo de compensação.
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