Três dias depois da goleada (5-1) e da inspiração demonstrada perante o Gent, o Sporting regressou ao seu lado mais cinzento que tem sido usual no campeonato. Paulo Sérgio fez regressar hoje Rui Patrício e Nuno André Coelho ao onze, onde se destacavam nove portugueses de início.

Diante de um Rio Ave ainda sem vitórias na Liga, os leões entraram mais pressionantes, remetendo os vila-condenses ao seu meio-campo. Contudo, ao maior domínio territorial da equipa leonina faltou sempre a clarividência e a inspiração necessárias para finalizar as jogadas da melhor forma. O ataque trabalhava, mas a bola praticamente não ameaçava a baliza de Paulo Santos.

Sem a fluidez exibida com os belgas, só aos 28 minutos é que o perigo cercou a baliza dos vila-condenses. Chegou a gritar-se golo em Alvalade, mas o árbitro Olegário Benquerença – que hoje regressou aos jogos da Liga depois do polémico V. Guimarães-Benfica - invalidou a jogada por falta do avançado sobre o guardião Paulo Santos. Na disputa da bola, Postiga falha inicialmente o remate e atinge o guarda-redes na perna, só empurrando depois para a baliza deserta.

Curiosamente, quando se esperava o crescimento da equipa de Paulo Sérgio, assistiu-se ao contrário. O Rio Ave tornou-se um pouco mais atrevido, ganhando outra acutilância no seu contra-ataque, e os leões deixaram de controlar a partida de forma tão simples como o faziam até então. O melhor exemplo disso foi um cruzamento feliz de João Tomás (38’), que quase dava golo, não fosse a atenção de Patrício a evitar o pior.

Por outro lado, o jogo ficou marcado pelas sucessivas interrupções para recuperações de lesões. Nuno André Coelho (substituído por Torsiglieri, aos 42’), Diogo Salomão, Milhazes e Paulo Santos tiveram de receber assistência médica, o que acabou por condicionar a qualidade deste encontro.

O Sporting tem agora 45 minutos para voltar a provar que não tem ‘duas caras’ (Liga Europa vs Liga) e ganhar para não se atrasar mais na corrida pelo título.