O Rio Ave quebrou hoje um ciclo de sete jogos consecutivos sem vitórias, seis para o campeonato, derrotando o Vitória de Setúbal por 2-1, na 25.ª jornada da I Liga Portuguesa de futebol.

Numa partida em que as duas equipas não conseguiram praticar um futebol atrativo, valeram os golos apontados ainda na primeira parte, etapa em que os locais conseguiram inverter uma desvantagem madrugadora.

Os sadinos até tiveram uma entrada fulgurante no jogo, com o central Venâncio, logo aos dois minutos, a abrir o marcador, aproveitando uma falha do guarda-redes do Rio Ave Ederson, que neste jogo rendeu o castigado e habitual titular Oblak.

No entanto, os nortenhos reagiram bem à contrariedade inicial, e, 10 minutos depois, beneficiaram de uma grande penalidade, após alegada mão na bola de Ney Santos, que Hassan, chamado à sua conversão, não desperdiçou.

O tento motivou os donos do terreno para a recuperação, mostrando nesta etapa inicial terem mais argumentos na transição ofensiva.

Acabou, por isso, por não surpreender a reviravolta no marcador, quando Braga, à passagem da meia hora, apontou o segundo dos locais, com um remate pleno de oportunidade.

O Vitória de Setúbal, que não se estava a apresentar no melhor plano, acabou por ver a sua situação complicar ainda mais quando, aos 37 minutos, Nélson Pedroso, muito faltoso, viu o segundo cartão amarelo, deixando a equipa em inferioridade numérica.

Para o segundo tempo, o Rio Ave baixou um pouco um ritmo, fruto de algum desgaste pela acumulação de três jogos num espaço de oito dias, permitindo uma reação ao adversário.

Zé Pedro conseguiu impor alguma dinâmica ao jogo sadino, que acabou por ganhar mais espaço quando o avançado dos vila-condenses Hassan foi expulso, com vermelho direto, após entrada sobre Venâncio.

Percebendo a quebra no adversário, José Mota lançou o avançado Makukula e a equipa forasteira ganhou algum alento e, sobretudo, poder de intimidação na frente de ataque, causando alguns calafrios ao último reduto vila-condense.

Mas, com o avançar do cronómetro, os dois conjuntos foram perdendo coerência, acabando o jogo por redundar numa luta pouco objetiva pelo esférico, que serviu mais os intentos dos nortenhos para segurarem a vantagem.

Com este resultado, o Rio Ave ganhou algum fôlego no objetivo traçado de uma qualificação para as competições europeias, enquanto o Vitória de Setúbal desperdiçou a oportunidade de se afastar da luta pelos lugares de despromoção.