A escolha do número 7 por parte de Rúben Ribeiro revela confiança, de um jogador que, aos 30 anos, atingiu o seu pique de forma.

O ex-Rio Ave foi apresentado esta quinta-feira em Alvalade e causou alguma estranheza o facto de ter optado por usar o número 7 nas costas. É que este tem sido um número maldito em Alvalade.

Desde que os números passaram a ser fixos ao longo de uma época (a partir da época 1995/1996), Figo foi o primeiro a usar o 7 em Alvalade, mas também o único a ter sucesso com este número.

De acordo com números levantados pelo jornal Record, de lá para cá, mais 10 jogadores escolheram a camisola 7 em Alvalade e todos eles sofreram lesões graves nos joelhos: Sá Pinto, Delfim, Niculae, Izmailov, Bojinov e Jéffren.

Sá Pinto, um dos que ostentou o 7, enfrentou um castigo pesado após agressão a Artur Jorge, na altura, selecionador nacional. Sairia depois para a Real Sociedad e voltaria mais tarde ao Sporting, onde escolheu o mesmo número. Teve uma lesão grave nos joelhos.

Também Iordanov envergou a camisola 7, ele que mais tarde viria a ser diagnosticado esclerose múltipla, já depois de ter sofrido um acidente de carro na Bulgária quando estava de férias.

Quem também usou o 7 foram Leandro e Shikabala, jogadores que tiveram problemas em Alvalade no plano disciplinar. Ambos entraram em conflito com as direções leoninas.

Com o passar do tempo a superstição em torno do número foi subindo e, entre 2003 e 2007 ninguém quis o número 7 no Sporting. Até chegar o russo Marat Izmailov. Mas o seu talento foi traído pela condição física em várias alturas, com muitas lesões.

Joel Campbell foi o último jogador a jogar com o 7 nas costas. O costa-riquenho chegou com o estatuto de craque, mas nunca conseguiu impor-se em Alvalade.

Pode ser que Rúben Ribeiro quebre a maldição do 7 em Alvalade e seja o primeiro a triunfar com este número nas costas, depois de Luís Figo.

De referir que a escolha do número por parte do jogador formado no Leixões não é inocente: Rúben Ribeiro esteve sempre ligado ao número 7. Ostentou este número no Boavista, Beira Mar e Leixões; foi o 70 no Gil Vicente; foi o 77 no Rio Ave, Penafiel e P. Ferreira. Só esta época, na segunda passagem pelo Rio Ave, optou pelo 10 nas costas.