"Não me candidato com estatutos ilegais, que não estão conforme o regime jurídico das federações e a Lei de Bases do Sistema Desportivo", disse Rui Alves, o qual, promete, na próxima semana, "enviar aos clubes uma proposta de novos estatutos e na semana seguinte os estatutos já prontos para serem aprovados", caso contrário não será candidato.

O actual presidente do Nacional não poupa o seu concorrente às eleições da LPFP, Fernando Gomes, nem os clubes que lhe têm manifestado publicamente apoio, a quem acusa de aprovarem estatutos e regulamentos que exigem que o voto seja secreto e depois violam-nos, tornando público esse apoio.

Quanto ao seu concorrente eleitoral, lança-lhe inúmeras interrogações: "Vai fazer auditoria aos dinheiros da Liga que são semipúblicos? Vai fazer auditoria aos 50 milhões que foram gastos e com atribuições sem concurso público? Vai fazer uma auditoria à Desporto Seguro para saber como foram gastos os dinheiros que os clubes pagaram? Vai apurar porque é que foram gastos 400 mil euros em alugueres de carros sem se saber qual a razão porque se escolheu uma certa empresa?".

Rui Alves fala de um "comando invisível" que está a orientar a campanha eleitoral de Fernando Gomes, comando esse que tem na retaguarda a "agência de comunicação de Hermínio Loureiro", que vai passar a ser a do seu "concorrente eleitoral", e alguns jornalistas que têm promovido "o trabalho do anterior presidente da LPFP e o que será feito pelo ex-administrador do FC Porto".

Sobre a citada agência de comunicação, Rui Alves desafia a que se apure "quem paga àquela e como é feito esse pagamento".

O candidato à presidência da LPFP desvaloriza o apoio público de vários clubes da Liga principal, nomeadamente Benfica e Sporting, recusa-se a revelar os clubes que o apoiam por respeito aos estatutos da LPFP e lembra que "50 por cento do universo eleitoral não se pronunciou", deixando entender um largo apoio nessa metade silenciosa.

Estas eleições serviram, pelo menos, para Rui Alves "conhecer os pilantras que lideram os clubes e que nas assembleias gerais vêm com conversinhas moles choramingar que estão descontentes e na ruína, alguns dos quais vão desaparecer do futebol profissional ao contrário do Nacional e do seu presidente".

Rui Alves não se mostrou surpreendido com o apoio da Naval 1.º de Maio a Fernando Gomes pela preocupação que tem em que "seja arquivado o processo de falsificação de documentos que deu entrada na Liga", cuja consequência será a "descida de divisão do clube".