Declarações de Ricardo Sá Pinto, treinador do Moreirense, após a derrota diante do Boavista (1-2), no Parque Desportivo Comendador Joaquim de Almeida Freitas, da 32.ª jornada da I Liga.
Derrota: "Foi um resultado muito injusto. Na primeira parte, estivemos bem, fomos agressivos e pressionantes, mas o Boavista acabou por fazer um golo num lance faltoso. Estivemos bem no segundo tempo. A equipa fez tudo o que podia e deu uma boa resposta, mesmo com algumas limitações a nível ofensivo."
Análise ao jogo: "Voltámos a ser aquela equipa que tanto me orgulhei. Quando assim é, mesmo sem haver por vezes muito talento ofensivo, conseguimos criar e fazer golos. Acima de tudo, esta equipa vive do coletivo. Quando somos fortes coletivamente, as coisas lá aparecem. Não podemos é, após o grande esforço que fizemos, perder, da forma que foi. É terrível no momento em que estamos, uma vez que já não dependemos de nós para nos salvar diretamente. Temos quase a obrigatoriedade de vencer os dois próximos encontros para ainda acreditar que nos podemos salvar diretamente, mas, pelo menos, ir ao ‘play-off’."
Luta pela permanência: "Vamos acreditar até ao final, mas estes detalhes não se podem repetir. Isto tem sido um pouco a nossa época e paga-se muito caro a este nível. Não sei se há falta ou não [no lance do 1-2], mas tínhamos o lance completamente controlado e estávamos por cima."
Responsabilidade: Sou um líder que dá sempre a cara. Se visse que estavam a apupar os meus jogadores [no final do jogo], estava lá na frente. Nunca me escondo. Agora, num primeiro momento houve uma grande tristeza. Os adeptos tinham grandes expectativas sobre esta equipa, mas temos andado a lutar sempre contra muitas coisas e não temos sido tão regulares.
Frustração: "Até ao final, ninguém vai desistir e todos vão continuar a acreditar, sabendo que é mais difícil. Senti que o público esteve com a equipa e foi fantástico, mas não lhe conseguimos dar o que merecem. Isto é uma frustração para mim, porque há muita gente, que vive o clube como ninguém, desesperada e a chorar. Hoje ainda fazemos o luto, mas amanhã [segunda-feira] já é outro dia. Os jogadores vão estar focados e prontos para a guerra."
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