O documento foi aprovado com 168.680 votos a favor e 24 abstenções, enquanto o ponto da ordem de trabalhos referente à política de remunerações foi adiado, a pedido da comissão de accionistas encarregue de a definir, para uma próxima assembleia-geral, o que significa que o presidente José Eduardo Bettencourt e seus pares continuam sem salários atribuídos.

No final da reunião, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral da SAD, Rogério Alves, confessou que já esperava o prejuízo de 13,349 milhões de euros, mas sem o explicar, limitando-se a dizer que seria desejável que "os resultados tivessem sido diferentes".

O resultado negativo de 13,349 milhões de euros ocorre num ano em que o Sporting bateu o seu recorde de receitas com a participação na Liga dos Campeões, ao arrecadar 10 milhões de euros.

Neste exercício, a SAD conseguiu baixar o total do passivo em 3,573 milhões de euros, o que foi um dado positivo, mas em contrapartida o total do activo baixou de 143,421 milhões do exercício antecedente para 126,462 milhões do actual, ou seja, 16,959 milhões.

Por outro lado, registou-se um aumento considerável nos custos com o pessoal (dirigentes, treinadores, jogadores e outros funcionários da SAD), que passou de 19,863 milhões de euros do exercício anterior para 23,731 milhões do exercício que terminou em 30 de Junho último.

Este aumento significativo de 3,868 milhões de euros nos custos com pessoal é atribuído pela SAD "leonina" ao aumento de prémios relacionado com o bom desempenho da equipa na Liga dos Campeões e com a inclusão dos salários de três futebolistas (Izmailov, Grimi e Had) que estavam emprestados ao Sporting e que eram contabilizados noutra rubrica.

De salientar, ainda, a quebra registada nas receitas da bilheteira em 1,169 milhões de euros, decorrente da diferença entre a receita total do exercício de 2007/08 para o de 2008/09, cujos números são 4,663 milhões e 3,494 milhões, respectivamente.

Registou-se também um aumento recorde das receitas provenientes da quotização, que atingiram os 4,432 milhões de euros, um acréscimo de 11,5 por cento em relação ao exercício anterior, que não foi além de 3,976 milhões, para além da receita de 10 milhões de euros angariada com a boa campanha da equipa de futebol na Liga dos Campeões.