O FC Porto apresentou hoje um resultado líquido acumulado negativo de 6,565 milhões de euros (ME) no terceiro trimestre 2012/13, uma evolução positiva face aos 22,139 milhões negativos em período homólogo de 2011/2012.

«Esta diferença assenta principalmente ao nível das rubricas relacionadas com passes de jogadores, pelo aumento dos resultados com transações de passes e pela diminuição das amortizações e perdas de imparidade registadas no período», explica o relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O clube revela ainda o crescimento dos Proveitos Operacionais, excluindo proveitos com passes de jogadores, em 10 por cento, principalmente devido ao aumento das receitas relacionadas com a participação na Liga dos Campeões, que praticamente duplicaram, tanto pelo melhor desempenho desportivo, como pelos melhores prémios atribuídos pela UEFA.

«Relativamente aos proveitos operacionais excluindo proveitos com passes de jogadores, que atinge os 55,724 ME, verifica-se um aumento de 10% relativamente ao período homólogo, que se deve fundamentalmente ao acréscimo de 5,995 ME nas receitas provenientes da participação em provas europeias», aclara o clube.

Rubricas relacionadas com passes de jogadores contribuem para o resultado obtido em 14,686 ME, com uma diminuição das amortizações em 4,292 ME e um acréscimo de 14,496 ME nos resultados de passes de jogadores, comparativamente ao período homólogo.

Os Resultados Operacionais foram positivos em 1,854 ME, em oposição aos negativos anteriores que atingiram os 16,829 ME.

A 31 de março, os capitais próprios consolidados atingem os 19,270 ME negativos, penalizados pela incorporação do resultado líquido apresentado.

O FC Porto destaca ainda a «restruturação favorável das componentes corrente e não correntes do património da sociedade, com o passivo corrente a diminuir de 76 para 64% e o ativo corrente a crescer de 27 para 35%» face a 30 de junho de 2012.

Estes resultados ainda não incorporam a mais-valia das transferências de James Rodriguez e João Moutinho para o Mónaco, por 45 e 25 ME, respetivamente.

Contribuindo negativamente para o resultado da sociedade, as amortizações e perdas de imparidade com passes de jogadores registaram um valor de 19,423 ME, o que representa uma diminuição de 4,292 ME relativamente ao período anterior, o que espelha a diminuição do custo com as aquisições de direitos desportivos de jogadores efetuadas neste exercício.

O resultado com transações de passes de jogadores, que engloba os custos e os proveitos resultantes da venda e empréstimo dos direitos desportivos e económicos de jogadores, totalizou 34,109 ME, um valor bastante superior aos 19,613 ME obtidos no período homólogo.

Em causa estão as transferências de Álvaro Pereira para o Inter de Milão e Hulk para o Zenit, por 10 e 40 milhões de euros, respetivamente, enquanto no período homólogo anterior está apenas a de Radamel Falcao para o Atlético de Madrid.

«São as oscilações aqui verificadas as grandes responsáveis pela obtenção de resultados positivos/negativos da sociedade», explicam os “dragões”.

Em função das variáveis descritas, o resultado operacional da sociedade foi de 1,854 ME positivo, o que se destaca dos 16,829 ME negativos verificados em igual período do exercício anterior.

Do lado do ativo, apesar do aumento dos montantes a receber de clientes, a quebra do valor contabilístico do plantel levou a uma diminuição de 12,279 ME, pelo que o ativo atingiu o valor global de 198,448 ME.

Relativamente ao passivo, verificou-se uma diminuição de 5,666 ME no seu total.

O clube revela ainda que se verificou um «decréscimo acentuado nas receitas de bilheteira».