O presidente do Tondela, Gilberto Coimbra, avançou hoje que deverá se concretizar até ao final deste ano a constituição de uma sociedade anónima desportiva (SAD), que já tinha sido aprovada pelos sócios em fevereiro de 2013.

"O Tondela é um clube estupidamente apetecível. Desde que me predispus a arranjar investidores, nacionais e estrangeiros demonstraram bastante interesse em participar na SAD do Tondela e investir", apontou.

Durante a assembleia-geral extraordinária, que decorreu hoje, Gilberto Coimbra recordou que a aprovação da constituição da SAD ocorreu em fevereiro de 2013, contando três abstenções entre os cerca de 80 sócios presentes.

Na altura, a SAD não se concretizou e os beirões avançaram para uma sociedade desportiva unipessoal por quotas (SDUQ), em que os 100 por cento do capital pertencem ao Tondela.

Ao longo da sua intervenção de cerca de 45 minutos, Gilberto Coimbra sublinhou a importância da constituição da SAD, em termos financeiros, mas também para trazer "sangue novo para Tondela".

"Vamos tentar encontrar os melhores valores para a equipa não passar por tantas dores de coração. Vamos chamar a Tondela dinheiro que vai tranquilizar mais o clube", acrescentou.

Com a constituição da SAD e o fim da SDUQ, será posto à venda entre "70 a 80% do capital", que servirá para "dar melhores condições possíveis às camadas jovens", nomeadamente com a criação de um espaço com dois ou três campos, um edifício com 25 a 30 quartos e a constituição de uma equipa de infantis.

"Deus queira que venha muito dinheiro, quantos mais milhões vierem melhor", referiu, escusando-se a avançar números ou nomes de investidores.

Além de ceder os 70 a 80% do capital, o clube cede ainda todos os seus ativos (jogadores contratados do plantel), os direitos televisivos, um autocarro e uma carrinha, ficando de fora o restante património.

A constituição da SAD vai ainda levar à criação de uma equipa B, que, "correndo tudo bem", deverá estar operacional na época 2018/2019.

Aos jornalistas, o presidente do Tondela admitiu ainda que com a constituição da SAD a sua saída poderá acontecer ainda antes do final do seu mandato, que termina no próximo ano.

"Quando deixar o clube, que fique melhor entregue, se possível, do que como o deixo. Essa é a minha preocupação", concluiu.