Francisco Dias da Silva, presidente do Gil Vicente, atribuiu a António Salvador as culpas de os gilistas não terem sido integrados na Primeira Liga na época 2018/2019. O dirigente disse, na assembleia geral extraordinária realizada terça-feira à noite, que voto contra de António Salvador, presidente do Braga, na reunião do G15 teve uma influência capital na decisão de não permitir a subida imediata do clube à I Liga.
Uma acusação agora negada por António Salvador. O líder dos bracarenses explicou que a decisão de o Gil Vicente ser integrado na Primeira Liga apenas em 2019/2020 foi do atual presidente do Gil Vicente, que já tinha tudo tratado com Pedro Proença, presidente da Liga.
Eis o comunicado de António Salvador
"Em função das afirmações atribuídas pela Comunicação Silva ao Presidente do Gil Vicente FC, Francisco Dias da Silva, na Assembleia Geral do emblema de Barcelos, impõem-se esclarecimentos, nomeadamente para que não vingue a tentativa desesperada de colocar sobre António Salvador um papel que não lhe cabe e nunca lhe coube.
O único responsável pela reintegração do Gil Vicente FC na Liga NOS em 2019/20 chama-se Francisco Dias da Silva, que na qualidade de Presidente do clube acordou com a Liga Portugal, pouco depois de ser empossado, os termos e os prazos para o regresso ao escalão maior. Francisco Dias da Silva e o advogado que o acompanha, Pedro Macieirinha, são os pais deste acordo que agora tentam renegar, o que certamente dirá muito sobre a sua conduta e os seus atos.
Importa recordar que os termos para a reintegração do Gil Vicente FC foram aprovados em sede de Assembleia Geral da Liga no início de 2017/18, mas é fulcral lembrar, igualmente, que foi com direito a foto e amplo destaque no site da Liga que, em dezembro de 2017, o presidente Francisco Dias da Silva posou com Pedro Proença e Rui Pedro Soares (líder da Belenenses SAD), celebrando o histórico acordo para a subida do Gil Vicente em 2019/20.
Estranha-se, pois, que o mesmo responsável tenha procurado reverter o processo, como se estranha que o Presidente da Liga Portugal tenha aceitado rever o tema, sujeitando-o a uma apreciação que teria de ser unânime e que, como se sabe, foi rejeitada pela esmagadora maioria dos clubes. Fulanizar pois esta questão na ação de qualquer dirigente é não apenas um desrespeito pela memória e pelos factos, como constitui igualmente um atestado de incompetência que, infelizmente, Francisco Dias da Silva só pode passar a si próprio. E com registo em ata."
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