Pedro Santana Lopes abordou, esta segunda-feira, as rescisões de contrato de William Carvalho, Bruno Fernandes e Gelson com o Sporting, apelando à intervenção das autoridades judiciais e desportivas.

"Não sei o que vai acontecer a seguir. Tenho preferido manter uma reserva tão grande quanto possível, mas acho que isto atingiu e passou os limites há muito tempo. Quem tem deveres e pode agir - tribunais, Liga e Federação - deve fazê-lo e tem de tomar decisões claras. A decisão do tribunal na semana passada foi tudo menos clara, não podem tentar agradar a gregos e troianos, é pior a emenda que o soneto. Isto causa danos patrimoniais irreversíveis, é uma situação de emergência. As autoridades do país têm poder para intervir, foram interpostas ações e no caso das autoridades do futebol não podem ficar passivas", observou Santana Lopes, em declarações reproduzidas pelo jornal Record.

"Os sócios não se conseguem fazer ouvir, Bruno de Carvalho tem de perceber que a situação a que chegámos, com jogadores a irem embora, com os órgãos sociais e demitirem-se, com o treinador a sair com cláusulas de confidencialidade... Isto é tudo o que uma instituição não pode ter. Com certeza que as autoridades consideram a situação de uma enorme complexidade, mas têm de intervir. Senão, ficamos enredados nesta conversa da assembleia geral que é legal ou não legal, que é dia 17 ou dia 23, em junho ou em julho... ", acrescentou.

Sobre a possibilidade de outros jogadores como Acuña, Battaglia e Bas Dost seguirem o mesmo caminho, Santana Lopes respondeu: "Só me resta desejar que não saiam. Quem me dera que nada disto tivesse acontecido. O que se exige é a intervenção das autoridades competentes. Não vejo maneira de isto se resolver dentro da instituição."

Recorde-se que William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes terão avançado para a rescisão de contrato com o Sporting. A informação é avançada pelo jornal Record e foi entretanto confirmada pelo Expresso junto de fonte oficial do clube de Alvalade.

Segundo a publicação, as cartas de rescisão já seguiram para a Federação Portuguesa de Futebol, Liga de Clubes e Sindicato dos Jogadores.

Os três jogadores juntam-se assim a Rui Patrício e Daniel Podence, que também apresentaram pedido de rescisão unilateral com o emblema 'leonino'.