O treinador do Vitória de Guimarães, Sérgio Conceição, disse este sábado que a sua equipa quer ultrapassar o ciclo negativo que atravessa frente na receção de domingo ao Estoril, da 31.ª jornada da Liga NOS.

Os vimaranenses, que somam 10 jogos sem vencer e quatro derrotas nos últimos cinco confrontos, estão praticamente arredados da luta pelo apuramento europeu e vão defrontar um adversário ainda com esse objetivo, com o técnico vitoriano a afirmar que a equipa minhota terá de "passar por cima disso" para alcançar os três pontos.

"É um jogo que queremos ganhar. Queremos inverter este ciclo negativo que a equipa vive. Queremos amanhã [domingo] ganhar o jogo e, se possível, proporcionar um bom espetáculo aos adeptos. Os três pontos são sempre mais importantes do que uma boa exibição, mas se pudermos juntar o útil ao agradável, melhor", adiantou.

Sérgio Conceição revelou ainda que as chamadas aos treinos da equipa principal do extremo Vigário e do ponta de lança Areias, jogadores regularmente utilizados na equipa B, resultou da necessidade de reforçar posições deficitárias na equipa e não da vontade de modificar a estratégia para o jogo frente aos 'canarinhos'.

"Não há experiências nenhumas a fazer. Tenho três laterais lesionados. O Vigário tem alternado a posição de ala com a de lateral. É um jogador que conhecemos e que está disponível para nos ajudar. É exatamente a mesma coisa com o Areias. Há défice de pontas de lança na equipa", explicou.

O treinador aproveitou igualmente para fazer uma retrospetiva da temporada vitoriana, afirmando que, "há três jornadas atrás", assumiu o objetivo de atingir a Liga Europa, visto que a classificação assim o permitia. Na altura, o Vitória estava a cinco pontos do sexto lugar.

"Não fazia sentido [não assumir], depois de adquirida a manutenção, se matematicamente era possível e se a resposta dada pela equipa fazia acreditar que era possível. Um treinador ambicioso mete a fasquia sempre alta. Não tinha de me esconder atrás do jogo a jogo", recordou.

Sérgio Conceição acrescentou que, quando assumiu o comando técnico do Vitória, a estrutura do clube nunca lhe pediu que se apurasse para a Liga Europa, mas "que desse um rumo" à equipa, tendo realçado aquilo que a época, a seu ver, teve de positivo.

"No fim, não é uma época má e é preciso olhar para as coisas positivas que fizemos, nomeadamente fazer com que a equipa, os adeptos e toda a estrutura acreditassem que era possível chegar à Liga Europa e potenciar alguns jovens", disse, referindo ainda uma tarja em que os adeptos diziam que o técnico conquistou o seu respeito.

Questionado sobre o efeito do mercado de transferências de inverno na equipa, uma vez que o último triunfo ocorreu antes do fecho, o técnico defendeu que esse período é apenas benéfico para os "clubes com muito dinheiro", explicando que a quebra se deveu a vários fatores.

"Que me lembre, em três derrotas, ficámos sem um jogador. Na última, ficámos quase o tempo todo sem um jogador. Uma ou outra infelicidade de arbitragem que tivemos. Penso que foi um conjunto de situações. Posso admitir alguma falta de qualidade do treinador numa ou noutra escolha, mas isso faz parte do meu crescimento", enumerou.

O Vitória de Guimarães, 11.º classificado, com 35 pontos, defronta o Estoril, oitavo, com 42, pelas 18h15 de domingo, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, numa partida que será dirigida pelo árbitro Manuel Oliveira, da Associação de Futebol de Porto.